quarta-feira, 3 de abril de 2013

Hstória de hinos do Hinário Adventista - nº. 13


Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 013
Louvamos-te, ó Deus
Letra: William Panton Mackay (1837-1885) – composta em 1863
Título Original: Revive Us Again
Música: John Jenkins Husband(1760-1825) – composta em 1815. Nome da melodia: Revive Us Again
Texto Bíblico: Louvai ao Senhor. Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre. (Salmo 113:1 e 2)

O Pastor escocês, Dr. William Panton Mackay, escreveu este hino em 1863 e o revisou em 1867. Baseou-se em dois textos: no Salmo 85.6 – “Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se regozije em ti?” e na oração de Habacuque: “Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos” (Habacuque 3.2). A última estrofe que diz “Ó vem nos encher de celeste fervor…” expressa a oração que Mackay queria realçar. Entretanto, a forte expressão de louvor ao Deus triúno permeia o hino todo. O estribilho “Aleluia! Toda a glória te rendemos, sem fim, Aleluia! tua graça imploramos, Amém!” vivifica a alma do crente, demonstrando a estreita relação entre o louvor e o aprofundamento espiritual.
William Panton Mackay nasceu na Escócia em 13 de maio de 1839. Formou-se na renomada Universidade de Edimburgo, e praticou a medicina por alguns anos. Sentindo-se chamado para o ministério, abandonou a medicina, foi ordenado, e em 1868 tornou-se pastor duma igreja Presbiteriana. Gostava de escrever hinos. “Louvamos-te, ó Deus” é o mais conhecido dos dezessete hinos com que ele contribuiu para o hinário Praise Book, de 1972. Mackay faleceu vitima de um acidente em 22 de agosto de 1885.
John Jenkins Husband nasceu em 1760 na cidade de Plymouth, na Inglaterra. Serviu na música da sua igreja por alguns anos. Emigrou para os EUA em 1809, estabelecendo-se na Filadélfia, Pensilvânia. Lá dirigiu uma escola de canto de música sacra e serviu na sua igreja até falecer em 1825. Compôs um bom numero de melodias de hinos e antemas corais.
James Theodore Houston(1847-1929), adaptou o hino para o português em 1881. Foi missionário presbiteriano da Junta de Nova Iorque. Aportou à Bahia em 17 de dezembro de 1874, servindo ali até 1887, quando foi transferido para o Rio de Janeiro, onde exerceu o pastorado. Foi um dos redatores do imprensa evangélica. Depois de completar 28 anos de ministério voltou para à sua terra natal em 1902. Faleceu em Oakland,California, aos 82 anos de idade.


Uma história, não a primeira


Muitas vezes gostamos tanto de uma musica que, ao saber o contexto em que foi criada, perdemos o entusiasmo em relação a ela. O contrário também pode acontecer. Em relação à música que é cantada dentro das Igreja Evangélicas a frequência de pessoas que passam a ter suas vidas marcadas pela identificação com a história destas músicas é muito grande.Eu mesmo sou uma destas pessoas e a primeira história que quero contar é a da música que me marcou recentemente.
Era 01 de fevereiro de 2009, primeiro domingo, eu estava, com minha esposa, na Congregação da Igreja Metodista que fica na Av. Brasil, entrada do Conjunto Campinho em Paciência. Ela estava se preparando para servir a Santa Ceia quando meu telefone, que normalmente está desligado na Igreja, vibrou.
Minha irmã, em tom muito preocupado, dizia que minha mãe, depois de chegar bem à Igreja, havia passado mal e sido levada pela outra irmã e o pastor da Igreja ao hospital.
Quando ela descreveu as condições em que estava minha mãe eu me preparei para o pior, mas o pior naquele instante seriam as seqüelas que ela iria ficar.
Pouco depois toca de novo o telefone e, quando do outro lado a pessoa se identificou como sendo o pastor que socorrera minha mãe, eu senti que a noticia era um pouco pior do que a que eu esperava anteriormente.
Findo o culto, partilhei com os irmãos que, enquanto partilhávamos a Mesa do Senhor, minha mão havia ido cear diretamente com Ele.
Foi uma noite de lembranças e um dia difícil a seguir.
Na terça feira, no culto de oração, na Igreja Metodista em Santa Margarida, o irmão Jocenir, acho que sem saber da minha história, me chamou para cantar um louvor ao Senhor e a música que eu senti o desejo de cantar, hoje eu sei, é baseada em Hc. 3:18 que diz “Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”
Em abril, num encontro de pastores, eu acompanhava minha esposa e o grupo que trazia nos o louvor contou a história daquele hino.
Eu me identifiquei de tal forma com o autor que chorei copiosamente, tendo na lembrança os ensinamentos de minha mãe e seus preciosos conselhos.
Aqui está a história que mais gosto deste hino bem como a letra e o vídeo da Catedral Evangélica de São Paulo cantando esta linda melodia.

Em Novembro de 1873, o "Ville de Havre" zarpou da cidade de Nove Iorque para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se, a bordo, a Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com seus quatro filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista as costas da Inglaterra, quando ocorreu uma terrível catástrofe. No escuridão da noite um barco colidiu com o "Ville de Harve" e este começou logo a afundar.
A Sra. Spafford ajuntou os seus filhos ao seu redor e encomendou-os a Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um dos filhos procurou confortar sua mãe em prantos, lembrando-lhe de que era tão fácil ser chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus braços. perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente poupada e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo mundo, a Sra. Spafford assim que atingiu o porto, enviou um telegrama ao seu marido. Este havia recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda de seus passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele abriu o envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas palavras. Seus olhos foram diretos à palavra "salva", dando ao seu coração uma repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o telegrama, notou a segunda palavra: "só", causando-lhe uma terrível mudança de sentimentos. Num determinado momento foi cheio de um gozo inefável; e no momento seguinte, inundado de indescritível tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada esposa, ainda que lamentasse a perda dos filhos queridos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande parte dos seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
A despeito de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em todo o mundo evangélico. Ë o Nº.312, em " Hinos e Cânticos". A sua letra em português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr. Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e pessoas perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão preparadas para se encontrarem com um Deus santo e que odeia o pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa não; uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa terrível será, na eternidade, se sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão, ou esposa ou esposo, for salvo e você - PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de salvação; e quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também, a respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda, como podemos estar certos dessa salvação: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?
O hino desta primeira história é o do Hinário Adventista nº 230


Sou Feliz Com Jesus
Horatio Gates Spafford & Franz Joseph Haydn

Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh seja o que for, tu me fazes saber
que feliz com Jesus hei de estar

Sou Feliz (Sou Feliz)
Com Jesus (Com Jesus)
Sou feliz com Jesus meu Senhor.

Embora me assalte o cruel Satanás.
E ataque com vis tentações. Oh sim,
certo estou mesmo em tais provações,
em Jesus acharei força e Paz.

Jesus meu Senhor ao morrer sobre a cruz.
Livrou-me da culpa e do mau, salvou-me
Jesus Oh mercê sem igual!
Sou feliz e hoje vivo na luz.

A vinda eu anseio do meu Salvador,
em breve virá me buscar. Então lá no
céu vou pra sempre morar com remido
na luz do Senhor.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

História do Hino "Vinde, Povo do Senhor".

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 012
Vinde, Povo do Senhor
Letra: Henry Alford (1870-1871) – publicada no hinário Psalms and Hymns (Salmos e Hinos), em 1844.
Título Original: Come, Ye Thankful People
Música: George Job Elvey(1816-1893)- composta em 1858
Texto Bíblico: Vinde, cantemos alegremente ao Senhor, cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, e celebremo-lo com salmos de louvor. Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande acima de todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a serra terra seca. Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou. (Salmo 95:1-6)
Este hino de colheita apareceu na coleção de Henry Alford, “Psalms and Hymns” (Salmos e Hinos) em 1844. Foi escrito para o Festival Inglês de Colheita que corresponde ao Dia de Graças Americano, embora seja uma festa de data móvel que ocorre em diferentes dias nas várias vilas e cidades. Não há hino melhor para o tempo de colheita anual do que este.
Henry Alford foi um homem talentoso – Teólogo, erudito, poeta, escritor, artista e músico. Era filho de um homem do clero, tornou-se ministro também, e eventualmente tornou-se Reitor de Canterburry em 1857. Foi membro da comissão de Revisão do Novo Testamento, e entre os 50 livros que escreveu provavelmente o mais útil foi o seu “Testamento Grego”, em quatro volumes. Foi um devoto e um homem de Deus através de sua vida, cumprindo o voto que escreveu em sua Bíblia no seu décimo aniversário: “Neste dia, na presença de Deus e de minha própria consciência, renovo meu pacto com Deus e solenemente me determino a tornar-me Seu e fazer o Seu trabalho tanto quanto me seja possível”.
“St. George’s Windsor” foi composto por George J. Elvey e tem sido associado a este hino desde sua edição original em “Hinos Antigos e Modernos” em 1861. A melodia foi publicada primeiramente em “A Selection of Psalms and Hymns”, (Uma Seleção de Salmos e Hinos) de Thorne em 1858 com outras palavras. Foi assim nomeado em honra à Capela de “St. George’s Windsor” onde muitos organistas famosos serviram, e muita música gloriosa foi ouvida.
Sir George J. Elvey foi um organista e compositor inglês, educado em Oxford, onde recebeu o grau de Doutor em Música, e foi condecorado em 1871, após escrever uma marcha de Festival para o casamento da Princesa Louise. Escreveu muitos trabalhos para a Igreja. Suas melodias para hinos demonstram equilíbrio de melodia e eficiente harmonia.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 001


Ó Deus de Amor
Letra: Isaac Watts (1674-1748)
Título Original: Before Jehovah’s Awful Throne
Música: John Hatton (1710-1793)
Texto Bíblico: No princípio criou Deus os céus e a terra. (Génesis 1:1)

Isaac Watts, autor deste hino, é algumas vezes chamado “Pai da hinodia Inglesa” porque foi um dos primeiros a dar impulso ao canto dos hinos antigos. Escreveu cerca de seiscentos hinos e paráfrases dos salmos. O “Church Hymnl” contém trinta e um hinos de Watts, e “Cantai ao Senhor” apenas oito. Seus hinos são de linguagem escriturística, dignificantes e majestosos no pensamento, reverentes e cheios de adoração na expressão.
“Teu é o Poder” é uma imitação do Salmo 100. As primeiras duas linhas são uma alteração de Jonh Wesley.
Frases tais como “santa alegria”, aglomerar-nos-emos em seus portões com hinos de agradecimentos “vasto como a Eternidade é Seu Amor”e outras, (estas frases são do original em inglês) são belas expressões de reverente louvor. Este hino expressa a segurança do reino de Deus.
A Melodia “Duke Street” apareceu primeiro anonimamente no Select Collection of Psalm and Hymn Tunes, 1793″ (coleção seleta de Melodias de Salmos e hinos, 1973), de Henry Bord. Tem sido conhecida pelo nome de “Addison’s 19 th Psalm”, e tem sido atribuída ao compositor Jonh Hatton, que residiu na Rua Duke no distrito de St. Helens, na cidade de Windle; daí os títulos para o hino.
“Duke Street” em muitos aspectos é um hino ideal. Tem dignidade, beleza melódica, um bom arranjo para canto congregacional uníssono, harmonia forte, e concordância com as palavras. Não há andamento em que soe melhor. Pode ser cantando lentamente ou moderadamente mais rápido com bom efeito. Não deveria ser cantado rápido demais.
Este é um grande hino de louvor, e deveria ser cantado pelo menos uma vez por ano.
 


A GRANDE ESPERANÇA



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

História do Hino Santo! Santo! Santo!

Letra: Reginald Heber (1783-1826) - composta em 1826

Título Original: Holy, HoIy, Holy

Música: John Bacchus Dykes (1823-1876) - publicada em 1861 no Hymns Ancient and Modern (Hinos Antigos e Modernos)

Texto Bíblico: No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo. Ao seu redor havia serafins; cada um tinha seis asas; com duas cobria o rosto, e com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. (Isaías 6:1-3)

Utilize este controle para ouvir o hino (formato MIDI):

Reginald Heber nasceu na Inglaterra, educou-se em Oxford, onde recebeu o prêmio da Universidade por um poema latino. Aos vinte e quatro anos entrou para a obra do ministério em Hodnet. Mais tarde foi chamado para a diocese de Calcutá, onde trabalhou por três anos. Sua vida foi encurtada por afogamento em 1826.

Heber preservou sua pureza de vida e sua reverência, num mundo de vício e pecado. Alguém disse dele: "Se o seu coração fosse coberto apenas por um vidro, ninguém necessitaria temer ler os seus pensamentos, de tão puros que são."

Esta é a razão porque podia aproximar-se de Deus com a mais sagrada frase: "Santo! Santo! Santo! Senhor Deus Todo Poderoso!" Lemos em "Early Writings", (Primeiros Escritos): "As palavras Deus Todo Poderoso são juntadas e usadas por alguns em oração de maneira irrefletida e descuidada, o que Lhe é desagradável. Tais pessoas não possuem o senso de Deus ou da verdade, senão, não falariam tão irreverentemente do grande Deus, que breve irá julgá-los no último dia. Disse o anjo: "Não as associem, pois terrível é o Seu nome". Os que compreendem a grandeza e a majestade de Deus tomarão o Seu nome nos lábios com santo temor". Pág. 122

Este hino é a mais solene expressão de culto, e deveria ser cantado reverentemente.

A música de Dykes é apropriada, rica em harmonia e altamente expressiva. Ganharia muito se o cantássemos reverentemente e atentos como se estivéssemos na presença divida.

HINÁRIO ADVENTISTA – Nº 18

A Saúde Mental pelos Pensamentos

O pensamento é diferente do sentimento. “Hoje é terça-feira.”, “O carro é azul.”, “Isto é uma flor de jasmim.”, são exemplos de pensamentos. “Estou com muita raiva daquela pessoa!”, “Sinto-me deprimida hoje.”, “Vibro com minha aprovação no concurso!”, são exemplos de expressão de sentimentos. Pensamento expressa uma ideia. Sentimento expressa uma emoção. Exemplos de sentimentos são: raiva, tristeza, vergonha, alegria, medo, afeto, etc.

Muitas pessoas não sabem que podem modificar o padrão negativo de pensar. Crêem que aquele seu jeito de pensar é o único que podem ter. A verdade é que podemos desenvolver um modo melhor de pensar, com mais conteúdos saudáveis embutidos em nossos pensamentos. Também é verdade que não é fácil mudar a corrente dos pensamentos, porque habituamo-nos a tê-los num sentido (pessimista ou optimista, negativo ou positivo, sem esperança ou com ela, etc.) ao longo da vida. É importante compreender que muito do que sentimos depende do que pensamos, da nossa maneira de pensar e do que mais pensamos. Em parte nos tornamos aquilo em que mais pensamos.

Podemos nos habituar a pensar sempre de uma só maneira, mesmo que seja um modo ruim de pensar. Pela observação, você pode pensar no que está pensando, não pode? Ou seja, você pode observar o tipo de pensamento que mais frequentemente vem à sua mente consciente. Isso significa que há uma área da sua mente que é livre para pensar no que quiser, e há uma área que está presa aos pensamentos costumeiros e antigos. Chamamos de “crenças centrais” e “pensamentos automáticos” a esse hábito criado na mente e que gera sofrimento se forem crenças e pensamentos negativos.

Essa área livre para pensar o que você quiser é que precisa ser usada para treinar novos e melhores pensamentos. Requer realmente um treino, porque o hábito de tantos anos pode fazer com que alguém se acostume a pensar sempre de maneira negativa, por exemplo, sempre nutrindo pensamentos assim: “As pessoas me rejeitam.”; “A vida não tem sentido.”; “Ninguém me entende.”; “Sou fraco e não há solução para mim.”

Mas a parte saudável da mente pode olhar para isso e dizer: “Puxa! Olha como eu só fico pensando nessas coisas destrutivas que me empurram para baixo!” Então, toda vez que você se perceber tendo pensamentos ruins, negativos, você pode dizer para si mesmo: “Decido não permitir que minha mente doente continue a pensar dessa forma. Vou escolher o que quero pensar agora.” E você troca o pensamento ruim por um pensamento melhor. E força sua mente a pensar nesse pensamento melhor.

É assim que as coisas irão mudar para melhor na mente cheia de pensamentos negativos que geram sentimentos dolorosos desnecessários. Lembre-se de que nossos pensamentos produzem o que sentimos. E o que mais sentimos, produz o que fazemos. Por isso é que, se a maioria dos seus pensamentos for negativa, os sentimentos serão também negativos e as decisões na vida poderão ser negativas. É como um trem composto de locomotiva e vagões. A locomotiva é o pensamento, e os vagões são os sentimentos e as escolhas que fazemos. Por isso, pensar de maneira correta é um ponto muito importante para a melhora da vida emocional e para sair dessa sensação que pode ser antiga, a de se sentir rejeitado, sem condições de melhorar, um(a) pobre coitado(a), deprimido(a).

É verdade que há a dimensão da necessidade de compreensão dos sentimentos, de sua expressão, da experimentação de sentimentos que podem ter sido reprimidos inadequadamente. Porém, a pessoa pode começar a trabalhar com a questão do treino dos pensamentos, pois já produzirá algo de bom em sua vida.

César Vasconcellos de Souza é psiquiatra.

sábado, 4 de agosto de 2012

História do Hino – Sou Feliz com Jesus nº 230

Em Novembro de 1873, o "Ville de Havre" zarpou da cidade de Nove Iorque para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se, a bordo, a Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com os seus quatro filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista as costas da Inglaterra, quando ocorreu uma terrível catástrofe. Na escuridão da noite um barco colidiu com o "Ville de Harve" e este começou logo a afundar.
A Sra. Spafford reuniu os seus filhos ao seu redor e encomendou-os a Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um dos filhos procurou confortar a sua mãe em prantos, lembrando-lhe de que era tão fácil ser chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus braços, perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente poupada e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo mundo, a Sra. Spafford assim que atingiu o porto enviou um telegrama ao seu marido. Este tinha recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda dos passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele abriu o envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas palavras. Os olhos foram diretos à palavra "salva", dando ao seu coração uma repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o telegrama, notou a segunda palavra: "só", causando-lhe uma terrível mudança de sentimentos. Num determinado momento foi cheio de um gozo inefável; e no momento seguinte, inundado de indescritível tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada esposa, ainda que lamentasse a perda dos filhos queridos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande parte dos seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
Apesar de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em todo o mundo evangélico. Ë o Nº.312, em " Hinos e Cânticos". A sua letra em português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr. Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e pessoas perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão preparadas para se encontrarem com um Deus santo e que odeia o pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa não; uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa terrível será, na eternidade, se a sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão, ou esposa ou esposo, for salvo e você - PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de salvação; e quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também, a respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda, como podemos estar certos dessa salvação: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?
O hino desta primeira história é o do Hinário Adventista nº 230

Sou Feliz Com Jesus
Horatio Gates Spafford & Franz Joseph Haydn

Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh seja o que for, tu me fazes saber
que feliz com Jesus hei de estar

Sou Feliz (Sou Feliz)
Com Jesus (Com Jesus)
Sou feliz com Jesus meu Senhor.

Embora me assalte o cruel Satanás.
E ataque com vis tentações. Oh sim,
certo estou mesmo em tais provações,
em Jesus acharei força e Paz.

Jesus meu Senhor ao morrer sobre a cruz.
Livrou-me da culpa e do mau, salvou-me
Jesus Oh mercê sem igual!
Sou feliz e hoje vivo na luz.

A vinda eu anseio do meu Salvador,
em breve virá me buscar. Então lá no
céu vou pra sempre morar com remido
na luz do Senhor.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Deus Demos Glória - História e Hino

Hinário Adventista do Sétimo Dia Nr. 016 - (ver Fanny Crosby)

Letra: Fanny Jane Crosby (1820-1915)

Título Original: To God Be the Glory

Música: William Howard Doane (1832-1915)

Texto Bíblico: Dêem graças ao Senhor pela sua benignidade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! Ofereçam sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo! (Salmo 107:21 e 22)

“Exultai! Exultai! Vinde todos louvar

A Jesus, Salvador, a Jesus Redentor.

A Deus demos Glória, porquanto do céu

Seu Filho bendito por nós todos deu! ”

Há palavras de louvor mais conhecidas ou mais amadas do que estas em nossas igrejas? Dar glória a Deus deve ser o maior desejo de cada crente e de cada igreja. Como diz Hebreus 2. 12: ”Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação”. Devemos estar sempre prontos a louvá-lo por ter-nos enviado o nosso Salvador. Devemos sempre ser aptos a reconhecer a mão de Deus, que nos abençoa em tudo que procuramos fazer para ele em nossas igrejas. Johann Sebastian Bach teve toda a razão quando declarou: ”O alvo e razão de existência para toda a música deve ser nada menos que a glória de Deus”. Glorifiquemos a Deus com este maravilhoso hino de louvor.

A prolífica poetisa Fanny Crosby escreveu este hino. Difere da maior parte dos seus hinos por expressar o louvor mais objetivo, e não o típico testemunho ou a experiência pessoal característico da sua época.

Fanny Crosby nasceu no condado de Putnam, Estado de Nova Iorque, em 24 de março de 1820. Seus pais, fazendeiros pobres, eram puritanos dedicados, descendentes dos fundadores da Colónia da Baia de Massachusetts e membros da igreja presbiteriana. Por causa de um tratamento errado duma inflamação dos seus olhos, Fanny ficou praticamente cega com seis semanas de idade, podendo perceber somente uma luz brilhante. Em novembro daquele ano seu pai, John Crosby, morreu. Por necessidade, sua mãe. Mercy, foi trabalhar numa fazenda vizinha, deixando Fanny aos bons cuidados da sua avó, Eunice. Para outra pessoa, ser cega poderia ser o fim, mas não para Fanny. Sua avó decidiu ser seus olhos. Dedicando-se de corpo e alma ao bem da sua neta, ensinou-a muitas coisas que fariam dela uma menina independente e alegre. Dela Fanny aprendeu a arte da descrição: dos pássaros, do pôr do sol, cujas cores ela podia às vezes perceber vagamente, e das flores.

Dela Fanny aprendeu a amar e decorar a Palavra, a orar, a se unir com os crentes na Igreja e cantar, o que Fanny amava demais, decorando os Salmos com grande rapidez. Ainda criança, Fanny, quando desanimada pela cegueira, perguntou a Deus se, mesmo cega, poderia ser uma filha dele. Testemunhou, mais tarde, que ouviu a voz de Deus dizendo a ela; “não se desanime, menina. Um dia você será muito feliz e operosa mesmo na cegueira”.

A tradução literal duma poesia escrita por ela aos oito anos mostra sua personalidade:

Então pode chorar e soluçar porque sou cega

Oh, que menina contente sou eu,

Apesar de não poder ver,

Pois decidida estou que

Neste mundo alegre serei!

Quantas bênçãos recebo eu

Então pode chorar e soluçar porque sou cega

Porque isso não farei!

Este poema foi profético, pois Fanny Crosby seria, em toda a sua vida, caracterizada pela alegria.

Com a idade de 15 anos, Fanny entrou no Instituto Para Cegos, em Nova Iorque , com excelente aproveitamento. Continuou no seu hábito de escrever poesia, muitas vezes solicitada a suprir a letra para músicas que lhe eram entregues. Além de tocar violão, que aprendera quando criança, tornou-se cantora concertista, pianista talentosa e proficiente e aprendeu o órgão e a harpa. Ao se formar, tornou-se professora da instituição.

Em 1850, depois de passar alguns meses considerando se ela era realmente salva, num camp meeting ao som do hino Por Meus Pecados Padeceu de Watts, Fanny recebeu a certeza de sua salvação. ”Minha alma inundou-se com a luz celestial”, testificaria depois. Levantou-se exclamou: "Aleluia! Aleluia!" Entregando sua vida totalmente a Cristo, ela disse: ”Pela primeira vez entendi que estava procurando segurar o mundo em uma mão e o Senhor na outra”.

Fanny começou a suprir letras para canções e cantatas do destacado compositor George F. Root. Obtiveram muito sucesso. Mas o compositor que usou a vida de Fanny foi Willian B. Bradbury. Procurando quem escrevesse letras para seus hinos e ouvindo da capacidade de Fanny, procurou-a. “Fanny”, disse ele, “dou graças a Deus que nós nos encontramos, porque acho que você pode escrever hinos”. A seu pedido, Fanny escreveu um hino e lho deu. Bradbury estava entusiasmado, e ali começou uma parceria que continuaria até a morte dele. “Parecia que a grande obra da minha vida começara”, escreveu a poetisa que continuaria a escrever, dando ao mundo mais de 9.000 hinos!

Aos 38 anos, Fanny casou-se com Alexander Van Alstyne, músico cego, conhecido como um dos melhores organistas em Nova Iorque. Homem bonito, jovial e muito apreciado, empregou-se em várias igrejas como organista e ensinava órgão para sustentar a família. Tiveram um filhinho, mas esse morreu na infância.

Poucos souberam sobre ele: ”Van” compôs melodias para alguns dos textos de Fanny, mas não perduraram. Um hinário que os dois prepararam não foi aceito pela editora, porque, disseram, não queriam um hinário somente de duas pessoas.

Nos anos que seguiram, Fanny continuaria a escrever letras para hinos dos mais conhecidos hinistas. Chegou a usar 204 pseudônimos! Nunca fez questão de remuneração adequada. Morava em lares muito simples, vivia modestamente e dava muito do que recebia aos outros. Não se gabava na sua fama. Conheceu mais de um Presidente do seu País. Foi a primeira mulher a falar diante do Senado dos Estados Unidos. Pregava nos púlpitos de grandes igrejas e fez conferências em muitos lugares. À sua própria maneira, tornou-se um dos evangelistas mais proficientes da sua época. Amava o trabalho das missões como o Exército de Salvação, Associação de Moços Cristãos, e a famosa Bowery, que trabalhavam com os alcoólatras e necessitados. Cooperava nestes trabalhos, dando muito de si.

Embora fosse mulher muito pequenina, parecia ter energia ilimitada. Mulher de oração, nunca escrevia um hino sem ter orado, pedindo a direção de Deus. Gostava das horas da noite para comunhão com seu Senhor. Possuindo uma memória extraordinária, conhecia muitos livros da Bíblia de cor. Nunca gostou de usar o Braile, e decorava seus textos, ditando até quarenta deles de uma só vez à pessoa que consentisse em escrevê-los. Compôs músicas de grande beleza, mas se recusou a publicá-las. Publicou cinco volumes de poesias. Escreveu o libretto de um oratório.

Uma vez, questionada como podia escrever tantos hinos, Fanny comentou:

“Que alguns dos meus hinos foram ditados pelo Espírito Santo, não tenho nenhuma dúvida; e que outros foram o resultado de profunda meditação, sei que é verdade; mas que o poeta tenha o direito de reclamar mérito especial para ele mesmo é certamente presunção. Sinto que há um poço de inspiração do qual podemos tirar os tragos efervescentes que são tão essenciais à boa poesia. (. . . ) Às vezes o hino vem a mim por estrofes, e precisa somente ser escrito, mas nunca peço que uma porção de um poema seja escrita até que o poema todo seja completo. Então geralmente preciso podar e revisar muito. Algumas poesias é verdade, vêm completas, mas a maioria, não. (. . . ) Nunca começo um hino sem primeiro pedir meu bom Senhor para ser minha inspiração no trabalho que estou a começar.”

Fanny Crosby, que ministrou e continua a ministrar ao mundo todo com suas mensagens que “tocam o coração”, poucos dias antes da sua morte, numa visita de obreiros, falou estas palavras muito significativas:

“Creio que a maior bênção que o Criador me proporcionou foi quando permitiu que a minha visão externa fosse fechada. Consagrou-me para a obra para a qual me fez. Nunca conheci o que é enxergar, e por isso não posso compreender a minha perda. Mas tive sonhos maravilhosos. Tenho visto os mais lindos olhos, os mais belos rostos e as paisagens mais singulares. A perda da minha visão não foi perda nenhuma para mim.”

Fanny faleceu em Bridgeport, Estado de Connecticut em 12 de fevereiro de 1915. A pedra da sua sepultura é simples. Como pedira; tinha simplesmente as palavras Aunt Fanny – She Did What She Could. (Tia Fanny - Ela fez o que pôde). Em 1955, um grande monumento foi erigido sobre o seu túmulo homenageando esta serva de Deus e incluindo a primeira estrofe de Que segurança! Sou de Jesus!

O compositor publicador William Howard Doane, um dos parceiros mais bem sucedidos de Fanny, musicou esta letra e publicou o hino na sua coletânea Brightest and Best (O Mais Brilhante e o Melhor) em 1875. O ilustre hinólogo W. J. Reynolds acha estranho que o hino não fosse incluído logo nas seis coletâneas de Gospel Hymns publicadas por Bliss e Sankey nos Estados Unidos, porque Sankey o introduziu nas suas campanhas evangelísticas com Moody na Inglaterra em 1873-1874 e incluiu-o nas suas coletâneas publicadas naquele país, os Sacred Songs and Solos (Cânticos e Solos Sacros - coletânea que continua a ser publicada até hoje), Por isso, o hino não foi bem conhecido nos Estados Unidos até que a equipe de Billy Graham o trouxesse das suas campanhas na Inglaterra em 1954. Assim, este hino favorito dos crentes brasileiros foi redescoberto na América do Norte, tornou-se muito amado e aparece em muitos hinários mais recentes.

O nome da melodia, TO GOD BE THE GLORY, corresponde ao título original do hino, bem traduzido para o português, "A Deus Demos Glória."

Este hino foi primorosamente traduzido pelo Pastor Joseph Jones em 1887 e entrou nos hinários evangélicos mais antigos no Brasil.

Joseph Jones (1848-1927) nasceu em Portugal, filho de ingleses. Em 1857, aos 23 anos, converteu-se através do testemunho de membros duma família batista. Foi batizado em Londres. Retornou a Portugal e, onde iniciou atividades evangelísticas. Apesar da perseguição, Jones abriu uma Casa de Oração no subúrbio de Bonsucesso, na Ilha Mastro, perto do local onde mais tarde seria construído o tabernáculo batista.

Bibliografia: Jackson, Samuel Trevena. Fanny Crosby’s Story of Ninety-four Years, New York, Revell, 1915, p. 33, em: Ruffin, Bernard, Fanny Crosby, Philadelphia, PA, United Church Press, 1976, p. 28.

terça-feira, 17 de julho de 2012

A História de um Hino.



Muitas vezes gostamos tanto de uma musica que, ao saber o contexto em que foi criada, perdemos o entusiasmo em relação a ela. O contrário também pode acontecer. Em relação à música que é cantada dentro das Igreja Evangélicas a frequência de pessoas que passam a ter as suas vidas marcadas pela identificação com a história destas músicas é muito grande. Eu mesmo sou uma destas pessoas e a primeira história que quero contar é a da música que me marcou recentemente.
Era 1 de fevereiro de 2009, primeiro domingo, eu estava, com a minha esposa, na Congregação da Igreja Metodista que fica na Av. Brasil, entrada do Conjunto Campinho em Paciência. Ela estava a preparar-se para servir a Santa Ceia quando o meu telefone, que normalmente está desligado na Igreja, vibrou.
A minha irmã, em tom muito preocupado, dizia que a minha mãe, depois de chegar bem à igreja, havia passado mal e sido levada pela outra irmã e o pastor da igreja ao hospital.
Quando ela descreveu as condições em que estava minha mãe eu preparei-me para o pior, mas o pior naquele instante seriam as sequelas que ela iria ficar.
Pouco depois toca de novo o telefone e, quando do outro lado a pessoa se identificou como sendo o pastor que socorrera minha mãe, eu senti que a notícia era um pouco pior do que a que eu esperava anteriormente.
Findo o culto, partilhei com os irmãos que, enquanto partilhávamos a Mesa do Senhor, minha mãe (tinha falecido) havia ido cear diretamente com Ele.
Foi uma noite de lembranças e um dia difícil a seguir.
Na terça-feira, no culto de oração, na Igreja Metodista em Santa Margarida, o irmão Jocenir, acho que sem saber da minha história, me chamou para cantar um louvor ao Senhor e a música que eu senti o desejo de cantar, hoje eu sei, é baseada em Hc. 3:18 que diz “Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”
Em abril, num encontro de pastores, eu acompanhava minha esposa e o grupo que fazia os momentos de louvor e contou a história daquele hino.
Eu me identifiquei de tal forma com o autor que chorei copiosamente, tendo na lembrança os ensinamentos de minha mãe e seus preciosos conselhos.
Aqui está a história que mais gosto deste hino bem como a letra e o vídeo da Catedral Evangélica de São Paulo cantando esta linda melodia.

Em Novembro de 1873, o "Ville de Havre" zarpou da cidade de Nove Iorque para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se, a bordo, a Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com seus quatro filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista as costas da Inglaterra, quando ocorreu uma terrível catástrofe. Na escuridão da noite um barco colidiu com o "Ville de Harve" e este começou logo a afundar.
A Sra. Spafford ajuntou os seus filhos ao seu redor e encomendou-os a Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um dos filhos procurou confortar sua mãe em prantos, lembrando-lhe de que era tão fácil ser chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus braços. perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente poupada e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo mundo, a Sra. Spafford assim que atingiu o porto, enviou um telegrama ao seu marido. Este havia recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda de seus passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele abriu o envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas palavras. Seus olhos foram diretos à palavra "salva", dando ao seu coração uma repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o telegrama, notou a segunda palavra: "só", causando-lhe uma terrível mudança de sentimentos. Num determinado momento foi cheio de um gozo inefável; e no momento seguinte, inundado de indescritível tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada esposa, ainda que lamentasse a perda dos filhos queridos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande parte dos seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
A despeito de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em todo o mundo evangélico. Ë o Nº.312, em " Hinos e Cânticos". A sua letra em português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr. Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e pessoas perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão preparadas para se encontrarem com um Deus santo e que odeia o pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa não; uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa terrível será, na eternidade, se sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão, ou esposa ou esposo, for salvo e você - PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de salvação; e quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também, a respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda, como podemos estar certos dessa salvação: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?

O hino desta primeira história é o do Hinário Adventista nº 230

Sou Feliz Com Jesus
Horatio Gates Spafford & Franz Joseph Haydn

Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh seja o que for, tu me fazes saber
que feliz com Jesus hei de estar

Sou Feliz (Sou Feliz)
Com Jesus (Com Jesus)
Sou feliz com Jesus meu Senhor.

Embora me assalte o cruel Satanás.
E ataque com vis tentações. Oh sim,
certo estou mesmo em tais provações,
em Jesus acharei força e Paz.

Jesus meu Senhor ao morrer sobre a cruz.
Livrou-me da culpa e do mau, salvou-me
Jesus Oh mercê sem igual!
Sou feliz e hoje vivo na luz.

A vinda eu anseio do meu Salvador,
em breve virá me buscar. Então lá no
céu vou pra sempre morar com remido
na luz do Senhor.