quarta-feira, 3 de abril de 2013

Hstória de hinos do Hinário Adventista - nº. 13


Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 013
Louvamos-te, ó Deus
Letra: William Panton Mackay (1837-1885) – composta em 1863
Título Original: Revive Us Again
Música: John Jenkins Husband(1760-1825) – composta em 1815. Nome da melodia: Revive Us Again
Texto Bíblico: Louvai ao Senhor. Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre. (Salmo 113:1 e 2)

O Pastor escocês, Dr. William Panton Mackay, escreveu este hino em 1863 e o revisou em 1867. Baseou-se em dois textos: no Salmo 85.6 – “Não tornarás a vivificar-nos, para que o teu povo se regozije em ti?” e na oração de Habacuque: “Aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos” (Habacuque 3.2). A última estrofe que diz “Ó vem nos encher de celeste fervor…” expressa a oração que Mackay queria realçar. Entretanto, a forte expressão de louvor ao Deus triúno permeia o hino todo. O estribilho “Aleluia! Toda a glória te rendemos, sem fim, Aleluia! tua graça imploramos, Amém!” vivifica a alma do crente, demonstrando a estreita relação entre o louvor e o aprofundamento espiritual.
William Panton Mackay nasceu na Escócia em 13 de maio de 1839. Formou-se na renomada Universidade de Edimburgo, e praticou a medicina por alguns anos. Sentindo-se chamado para o ministério, abandonou a medicina, foi ordenado, e em 1868 tornou-se pastor duma igreja Presbiteriana. Gostava de escrever hinos. “Louvamos-te, ó Deus” é o mais conhecido dos dezessete hinos com que ele contribuiu para o hinário Praise Book, de 1972. Mackay faleceu vitima de um acidente em 22 de agosto de 1885.
John Jenkins Husband nasceu em 1760 na cidade de Plymouth, na Inglaterra. Serviu na música da sua igreja por alguns anos. Emigrou para os EUA em 1809, estabelecendo-se na Filadélfia, Pensilvânia. Lá dirigiu uma escola de canto de música sacra e serviu na sua igreja até falecer em 1825. Compôs um bom numero de melodias de hinos e antemas corais.
James Theodore Houston(1847-1929), adaptou o hino para o português em 1881. Foi missionário presbiteriano da Junta de Nova Iorque. Aportou à Bahia em 17 de dezembro de 1874, servindo ali até 1887, quando foi transferido para o Rio de Janeiro, onde exerceu o pastorado. Foi um dos redatores do imprensa evangélica. Depois de completar 28 anos de ministério voltou para à sua terra natal em 1902. Faleceu em Oakland,California, aos 82 anos de idade.


Uma história, não a primeira


Muitas vezes gostamos tanto de uma musica que, ao saber o contexto em que foi criada, perdemos o entusiasmo em relação a ela. O contrário também pode acontecer. Em relação à música que é cantada dentro das Igreja Evangélicas a frequência de pessoas que passam a ter suas vidas marcadas pela identificação com a história destas músicas é muito grande.Eu mesmo sou uma destas pessoas e a primeira história que quero contar é a da música que me marcou recentemente.
Era 01 de fevereiro de 2009, primeiro domingo, eu estava, com minha esposa, na Congregação da Igreja Metodista que fica na Av. Brasil, entrada do Conjunto Campinho em Paciência. Ela estava se preparando para servir a Santa Ceia quando meu telefone, que normalmente está desligado na Igreja, vibrou.
Minha irmã, em tom muito preocupado, dizia que minha mãe, depois de chegar bem à Igreja, havia passado mal e sido levada pela outra irmã e o pastor da Igreja ao hospital.
Quando ela descreveu as condições em que estava minha mãe eu me preparei para o pior, mas o pior naquele instante seriam as seqüelas que ela iria ficar.
Pouco depois toca de novo o telefone e, quando do outro lado a pessoa se identificou como sendo o pastor que socorrera minha mãe, eu senti que a noticia era um pouco pior do que a que eu esperava anteriormente.
Findo o culto, partilhei com os irmãos que, enquanto partilhávamos a Mesa do Senhor, minha mão havia ido cear diretamente com Ele.
Foi uma noite de lembranças e um dia difícil a seguir.
Na terça feira, no culto de oração, na Igreja Metodista em Santa Margarida, o irmão Jocenir, acho que sem saber da minha história, me chamou para cantar um louvor ao Senhor e a música que eu senti o desejo de cantar, hoje eu sei, é baseada em Hc. 3:18 que diz “Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”
Em abril, num encontro de pastores, eu acompanhava minha esposa e o grupo que trazia nos o louvor contou a história daquele hino.
Eu me identifiquei de tal forma com o autor que chorei copiosamente, tendo na lembrança os ensinamentos de minha mãe e seus preciosos conselhos.
Aqui está a história que mais gosto deste hino bem como a letra e o vídeo da Catedral Evangélica de São Paulo cantando esta linda melodia.

Em Novembro de 1873, o "Ville de Havre" zarpou da cidade de Nove Iorque para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se, a bordo, a Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com seus quatro filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista as costas da Inglaterra, quando ocorreu uma terrível catástrofe. No escuridão da noite um barco colidiu com o "Ville de Harve" e este começou logo a afundar.
A Sra. Spafford ajuntou os seus filhos ao seu redor e encomendou-os a Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um dos filhos procurou confortar sua mãe em prantos, lembrando-lhe de que era tão fácil ser chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus braços. perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente poupada e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo mundo, a Sra. Spafford assim que atingiu o porto, enviou um telegrama ao seu marido. Este havia recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda de seus passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele abriu o envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas palavras. Seus olhos foram diretos à palavra "salva", dando ao seu coração uma repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o telegrama, notou a segunda palavra: "só", causando-lhe uma terrível mudança de sentimentos. Num determinado momento foi cheio de um gozo inefável; e no momento seguinte, inundado de indescritível tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada esposa, ainda que lamentasse a perda dos filhos queridos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande parte dos seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
A despeito de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em todo o mundo evangélico. Ë o Nº.312, em " Hinos e Cânticos". A sua letra em português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr. Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e pessoas perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão preparadas para se encontrarem com um Deus santo e que odeia o pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa não; uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa terrível será, na eternidade, se sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão, ou esposa ou esposo, for salvo e você - PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de salvação; e quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também, a respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda, como podemos estar certos dessa salvação: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?
O hino desta primeira história é o do Hinário Adventista nº 230


Sou Feliz Com Jesus
Horatio Gates Spafford & Franz Joseph Haydn

Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh seja o que for, tu me fazes saber
que feliz com Jesus hei de estar

Sou Feliz (Sou Feliz)
Com Jesus (Com Jesus)
Sou feliz com Jesus meu Senhor.

Embora me assalte o cruel Satanás.
E ataque com vis tentações. Oh sim,
certo estou mesmo em tais provações,
em Jesus acharei força e Paz.

Jesus meu Senhor ao morrer sobre a cruz.
Livrou-me da culpa e do mau, salvou-me
Jesus Oh mercê sem igual!
Sou feliz e hoje vivo na luz.

A vinda eu anseio do meu Salvador,
em breve virá me buscar. Então lá no
céu vou pra sempre morar com remido
na luz do Senhor.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

História do Hino "Vinde, Povo do Senhor".

Histórias de Hinos do Hinário Adventista – Nr. 012
Vinde, Povo do Senhor
Letra: Henry Alford (1870-1871) – publicada no hinário Psalms and Hymns (Salmos e Hinos), em 1844.
Título Original: Come, Ye Thankful People
Música: George Job Elvey(1816-1893)- composta em 1858
Texto Bíblico: Vinde, cantemos alegremente ao Senhor, cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos diante dele com ações de graças, e celebremo-lo com salmos de louvor. Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande acima de todos os deuses. Nas suas mãos estão as profundezas da terra, e as alturas dos montes são suas. Seu é o mar, pois ele o fez, e as suas mãos formaram a serra terra seca. Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou. (Salmo 95:1-6)
Este hino de colheita apareceu na coleção de Henry Alford, “Psalms and Hymns” (Salmos e Hinos) em 1844. Foi escrito para o Festival Inglês de Colheita que corresponde ao Dia de Graças Americano, embora seja uma festa de data móvel que ocorre em diferentes dias nas várias vilas e cidades. Não há hino melhor para o tempo de colheita anual do que este.
Henry Alford foi um homem talentoso – Teólogo, erudito, poeta, escritor, artista e músico. Era filho de um homem do clero, tornou-se ministro também, e eventualmente tornou-se Reitor de Canterburry em 1857. Foi membro da comissão de Revisão do Novo Testamento, e entre os 50 livros que escreveu provavelmente o mais útil foi o seu “Testamento Grego”, em quatro volumes. Foi um devoto e um homem de Deus através de sua vida, cumprindo o voto que escreveu em sua Bíblia no seu décimo aniversário: “Neste dia, na presença de Deus e de minha própria consciência, renovo meu pacto com Deus e solenemente me determino a tornar-me Seu e fazer o Seu trabalho tanto quanto me seja possível”.
“St. George’s Windsor” foi composto por George J. Elvey e tem sido associado a este hino desde sua edição original em “Hinos Antigos e Modernos” em 1861. A melodia foi publicada primeiramente em “A Selection of Psalms and Hymns”, (Uma Seleção de Salmos e Hinos) de Thorne em 1858 com outras palavras. Foi assim nomeado em honra à Capela de “St. George’s Windsor” onde muitos organistas famosos serviram, e muita música gloriosa foi ouvida.
Sir George J. Elvey foi um organista e compositor inglês, educado em Oxford, onde recebeu o grau de Doutor em Música, e foi condecorado em 1871, após escrever uma marcha de Festival para o casamento da Princesa Louise. Escreveu muitos trabalhos para a Igreja. Suas melodias para hinos demonstram equilíbrio de melodia e eficiente harmonia.