segunda-feira, 25 de junho de 2012

Um Ministério Perpétuo

Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR:
“Com que se parece o Reino de Deus? Com que o compararei? É como um grão de mostarda que um homem semeou em sua horta. Ele cresceu e se tornou uma árvore, e as aves do céu fizeram ninhos em seus ramos” (Lc 13:18, 19, NVI).

Leituras da semana: Jo 4:7-30; At 2:42; 11:19-23; 2Tm 2:1-7; 2Co 5:18-20

Pensamento-chave: Evangelismo e testemunho são o meio pelo qual a semente de mostarda (a igreja de Deus) se torna uma grande árvore que enche o mundo.

Você pode ter ouvido dizer ou pode até mesmo ter dito: “Eu já fiz a minha parte. Agora deixarei a tarefa para os mais jovens.” Ou: “Fui líder de evangelismo durante muito tempo. Agora vou deixar que as pessoas mais novas assumam a liderança.”

Em certo sentido, esse tipo de declaração é compreensível. As pessoas envelhecem, às vezes sua saúde falha ou outras circunstâncias da vida as impedem de manter a liderança nos ministérios da igreja. Às vezes as pessoas simplesmente ficam esgotadas e precisam de uma pausa. Além disso, também, alguns podem acreditar que o Senhor os chama a cumprir Sua vontade em outras áreas do trabalho da igreja.

No entanto, há uma grande diferença entre mudar a ênfase do ministério e deixar de ministrar. Enquanto temos fôlego devemos, de uma forma ou de outra, continuar ministrando.

Nesta semana focalizaremos nossa necessidade de permanecer envolvidos nos ministérios de evangelismo e testemunho. Não importa qual seja nossa função na igreja, sempre haverá oportunidade de nos envolvermos em algum ministério.

Domingo

Evangelismo e Testemunho Incessante

É preciso enfatizar novamente que testemunho e evangelismo devem continuar enquanto houver pessoas que necessitam de salvação. É plano de Deus salvar tantas pessoas quanto possível. Entretanto, os que aceitaram Jesus como Salvador pessoal são chamados a trabalhar com Deus nessa obra de salvar. Não importa quem somos, onde estamos e em que circunstâncias nos encontramos; se nosso coração está em sintonia com Cristo, se temos profunda apreciação pelo que Ele fez por nós e pelo que Ele nos pede que façamos em resposta, sempre teremos oportunidade de testemunhar e ministrar.

1. O que a mulher samaritana encontrou na pessoa e nas palavras de Jesus que a impeliu a compartilhar com os habitantes da sua cidade? Que princípios do testemunho encontrados nesse relato podem nos ajudar na obra de alcançar os outros? Jo 4:7-30

Parece que Jesus seguiu uma “fórmula” simples quando falou com a mulher de Samaria: 1. Ele chamou sua atenção: “Dê-me um pouco de água” (v. 7, NVI); 2. Ele despertou seu interesse: “Como o Senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?” (v. 9, NVI); 3. Ele criou um desejo: “Senhor, dê-me dessa água” (v. 15, NVI); 4. Ele produziu convicção: “Senhor, vejo que é profeta” (v. 19, NVI); e 5. Ações posteriores: “Venham ver um homem que me disse tudo o que tenho feito. Será que Ele não é o Cristo?” (v. 29, NVI).


Esses cinco estágios de evangelismo não precisam necessariamente ocorrer em um único encontro como aconteceu com Jesus e a mulher junto ao poço de Jacó. Eles podem acontecer durante um período em que você continua a testemunhar para alguém. As situações variam muito, mas os princípios vistos nessa passagem podem ser amplamente aplicados às nossas tentativas de alcançar as pessoas.

Além disso, embora a conversa inicial estivesse relacionada com a água literal, o objetivo de Jesus era fazer com que a mulher samaritana desejasse beber a água da vida. No fim, ainda que sejamos chamados a ajudar as pessoas nas situações em que as encontramos, e a ministrar às suas necessidades da forma que podemos, nunca devemos nos esquecer de que sua maior necessidade é a salvação em Jesus.

Quantas vezes você aproveita as oportunidades de testemunhar ou de ministrar? Não é verdade que muitas vezes encontramos pessoas que, apesar da interação conosco, não têm a mínima ideia da doutrina em que acreditamos, dos princípios que defendemos nem da esperança que temos? Como podemos nos tornar testemunhas mais eficientes?

Segunda-feira

Um ambiente estimulante

Uma parte vital da evangelização ocorre na igreja a cada semana. Esse aspecto do evangelismo é chamado de “nutrição” e “integração”. Temos sido muito bons em convidar as pessoas para nossas igrejas, mas nem sempre temos criado com tanta eficiência um ambiente que incentive as pessoas a voltar e se firmar na comunhão. Se devemos fazer discípulos, precisamos dar atenção ao estabelecimento e sustentação de cada novo cristão.

O que isso significa? “Estabelecer” dá a ideia de colocar alguma coisa sobre uma base firme e permanente. É ajudar a proporcionar ao recém-convertido um alicerce de fé e comunhão. A ideia de “nutrir” geralmente é explicada por conceitos como “cultivar, criar, cuidar, promover, treinar e educar”. Quando alguém aceita o Senhor Jesus como Salvador pessoal, todas essas áreas do estabelecimento e nutrição devem ser aplicadas espiritual e socialmente dentro da comunidade cristã. Em outras palavras, um novo cristão precisa ser desenvolvido, cuidado, estimulado, treinado e educado nos caminhos do Senhor.

“Companheirismo” é fundamental. Nesse ambiente, as pessoas tocam e influenciam umas às outras. Os que se unem a uma igreja devem receber atenção por meio da comunhão espiritual.

2. Qual é a importância da comunhão espiritual entre os cristãos? Por que isso é especialmente importante no caso de novos cristãos, aqueles que vêm para a igreja por meio do nosso evangelismo e testemunho? 1Jo 1:7; At 2:42; 11:19-23; 20:35 e Rm 1:11, 12

A palavra nós em 1 João 1:7 nos revela que, embora devamos andar na luz, individualmente, devemos também andar na luz em comunidade. Se os cristãos andarem na luz, haverá comunhão e unidade. Consequentemente, haverá um ambiente de crescimento, no qual as pessoas focalizarão a vontade de Deus para sua vida e o encorajamento de uns aos outros na caminhada cristã. Embora seja importante ajudar os novos membros a se sentir felizes e satisfeitos na igreja, também é importante levá-los a se tornar discípulos no sentido mais pleno da palavra, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de levar outros a um relacionamento salvífico com o Senhor Jesus.

Sua igreja dedica atenção à consolidação dos novos membros de modo planejado? Como você pode se tornar mais envolvido em ajudar a nutrir os novos membros (ou até mesmo os “mais antigos”), em relação a esse assunto?

Terça-feira

Formando instrutores

No mundo em que vivemos, as pessoas estão sempre mudando. As igrejas locais estão regularmente efetuando transferências de membros que vêm e vão, e muitas vezes lamentam a perda de membros capazes que se dedicavam a ministérios importantes. Devido a essa possível transferência de habilidades, e visto que o ministério de evangelismo e testemunho da igreja local deve continuar se expandindo, há grande necessidade de multiplicar esses ministérios.

3. Que princípios a respeito da formação de instrutores podemos tirar das instruções de Paulo a Timóteo? Como devemos aplicar esses princípios em nosso trabalho para o Senhor, seja qual for a função que desempenhamos? 2Tm 2:1-7

Paulo apresentou a Timóteo a importância de ver o quadro mais amplo do trabalho da igreja, em relação à sua extensão e duração. Os ministérios pastoral e de ensino não devem ser centralizados apenas em um homem. Eles devem ser a obra de grande número de testemunhas e evangelistas na igreja. Basicamente, Paulo estava dizendo a Timóteo que treinasse outros para a liderança na igreja porque, finalmente, a geração mais antiga de líderes morreria. Um princípio da instrução a Timóteo é que aqueles a quem ele instruísse, por sua vez também ensinariam aos outros, garantindo assim que a missão da Igreja no mundo fosse contínua e expansiva. Isso está em harmonia com o chamado de Jesus para que haja mais trabalhadores na seara.

Dizem: “Dê a um homem um peixe e você o alimentará por um dia; ensine-o a pescar e você o alimentará e à sua família enquanto ele viver”. O problema é que, se o homem não transmitir aos filhos sua habilidade de pescar, a geração seguinte passará fome. Talvez o ditado devesse ser modificado: “Dê a um homem um peixe e você o alimentará por um dia; ensine um homem a pescar e a transmitir seu conhecimento e técnicas de pescaria, e um número incontável de pessoas continuarão a ser alimentadas”. Essa é a diferença entre formar pessoas e treiná-las para ser instrutores.

Pense em sua experiência. Alguém já lhe ensinou como testemunhar aos outros? Você já pediu para ser treinado quanto à maneira de testemunhar aos outros? Comente com a classe.

Quarta-feira

Resgatando pessoas afastadas

Apóstata é uma palavra que gostaríamos de eliminar do vocabulário cristão. No entanto, o fato é que muitas pessoas se afastam da igreja e de um relacionamento de salvação com o Senhor. Embora as pessoas às vezes nos deixem por causa da doutrina, na maioria das vezes elas nos deixam por outros motivos, geralmente conflitos pessoais e coisas semelhantes. Independentemente das razões, precisamos fazer tudo o que pudermos para criar um ambiente de amor e carinho que motive os que se unem conosco a permanecer entre nós, apesar dos problemas pessoais que surgem inevitavelmente.

Ao mesmo tempo, precisamos ter um ministério para cuidar dos ex-membros e dos membros que não mais estão frequentando, como parte do planejamento do nosso programa de testemunho e evangelismo. Uma rápida olhada na lista de membros de muitas igrejas provavelmente revelará que há muito mais nomes na lista do que pessoas que frequentam o culto a cada sábado. Esses nomes podem ser o início de um ministério especial em favor das pessoas que Deus jamais deixou de amar intensamente.

4. Com base no contexto da reconciliação realizada por Cristo, que princípio podemos aplicar em nossa igreja? Qual é a importância do ministério da reconciliação para os que seguiram a Deus no passado, mas d´Ele se afastaram? 2Co 5:18-20

Resgatar ex-membros é um ministério especial. Além disso, esse ministério é tão evangelístico quanto a obra de alcançar pessoas que jamais aceitaram a Cristo antes. A própria palavra reconciliação implica que anteriormente houve uma unidade e comunhão entre o homem e Deus, e que foi restaurada por meio de Jesus Cristo. Da mesma forma, recebemos agora um ministério de reconciliação que inclui o esforço para alcançar os que, no passado, adoraram conosco.

Na verdade, é possível argumentar que, em Mateus 10:5, 6, Jesus enviou Seus discípulos para reconquistar os judeus que se haviam afastado de um relacionamento salvífico com seu Senhor. Assim, é inteiramente apropriado que nós hoje também participemos do trabalho em favor das pessoas que têm uma história especial com Deus e Sua igreja.

Pense naqueles que deixaram a igreja e na razão pela qual eles fizeram isso. Há alguma pessoa com quem você poderia restabelecer contato e recomeçar a amizade, a quem você poderia ministrar e procurar reconectar com a igreja? Ore buscando descobrir como fazer isso.

Quinta-feira

A porta dos fundos

Você já notou como as pessoas lamentam o fato de que muitas vezes os membros da igreja saem “pela porta dos fundos”? Elas até declaram firmemente que a porta dos fundos da igreja deve ser fechada, mas falham em nos mostrar como fechar essa porta ou até mesmo a localização dela. Algumas igrejas em crescimento podem pensar que sua porta dos fundos está fechada, mas na realidade pode estar acontecendo simplesmente que mais pessoas estão entrando pela porta da frente do que saindo pela porta dos fundos. Embora seja melhor que mais pessoas estejam entrando pela porta da frente do que saindo pela porta dos fundos (o que ocorre em alguns lugares), ainda assim queremos fazer o que for possível para conservar nossos membros.

Descobrir qual é a porta dos fundos e tentar fechá-la exigirá estratégias que são, de fato, evangelísticas, visto que nossa missão não é simplesmente ganhar pessoas para Deus, mas também conservá-las.

5. Por que os cristãos devem se reunir regularmente? Quando nos reunimos para a comunhão, temos encorajado uns aos outros? Como podemos intensificar esse princípio? Hb 10:25

A decisão de deixar a comunhão geralmente não é tomada subitamente. Em vez disso, a maioria das pessoas passa por um processo de afastamento silencioso. Assim como, para elas, aproximar-se de Cristo e da igreja foi uma jornada, o processo de saída é outra jornada. Na maioria das vezes, o afastamento não é uma estratégia conscientemente planejada. Pouco a pouco, as pessoas começam a ficar desligadas, desencantadas e insatisfeitas com as coisas na igreja. Talvez, em alguns casos, com razão. Portanto, procuremos estar cientes da jornada dos que nos rodeiam na igreja.

6. Que admoestações podem nos ajudar a manter fechada a porta dos fundos? O que você e sua igreja podem fazer para viver essas importantes verdades? Rm 14:13; Gl 5:13; Ef 4:32

Uma igreja carinhosa, que continua cuidando, é um lugar no qual todos estão concentrados em seu relacionamento pessoal com Jesus. Eles têm um conceito claro do valor que Jesus dá a cada indivíduo. Fechar a porta dos fundos envolve se aproximar das pessoas, descobrindo suas necessidades, na medida em que elas estejam dispostas a compartilhar, e atender a essas necessidades, quando for apropriado. Isso é algo que nenhum programa da igreja pode proporcionar. Apenas pessoas amorosas e carinhosas conseguem fazer isso.

Sexta-feira

Estudo adicional
Os envolvidos em um ministério de testemunho devem dar atenção à forma pela qual possam fazer com que seu ministério seja contínuo, e não um evento ocorrido uma única vez. O que você deve fazer?


1. Tenha disposição para compartilhar a liderança, em vez de ser uma banda de uma só pessoa.
2. Faça o que for possível para manter diante da igreja a importância do ministério de sua equipe. Isso incluirá relatórios periódicos à comissão geral de evangelismo, informações no boletim da igreja, informativo especial, cartazes no quadro de avisos e solicitação de verbas no orçamento da igreja.
3. Procure constantemente pessoas que você possa convidar para participar de sua equipe ou para formar outra equipe. Se alguém se oferecer para participar da equipe, isso é bom; no entanto, será melhor convidar individualmente as pessoas.
4. Realize regularmente eventos de treinamento.

Perguntas para reflexão

1. Sua igreja tem um programa de treinamento evangelístico? Como melhorar a situação?
2. “Precisamos ser canais através dos quais Deus possa enviar luz e graça ao mundo. Os infiéis precisam ser recuperados. Precisamos apartar-nos de nossos pecados, pela confissão e pelo arrependimento, humilhando nosso orgulhoso coração perante Deus. Torrentes de poder espiritual serão derramadas sobre aqueles que estão preparados para recebê-las” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 46). O que é necessário, e por que, para ajudar a trazer as pessoas de volta para a igreja e para a maravilhosa mensagem da “verdade presente”?
3. Quando as pessoas se afastarem da igreja, vamos amá-las e manter contato com elas; vamos evitar julgá-las e chamá-las de “apóstatas” ou, ainda pior, não atiremos contra elas citações de Ellen White sobre pessoas que se afastam. Em vez disso, vamos usar essas experiências tristes para, como disse Paulo, examinar se estamos na fé (2Co 13:5) e perguntar se poderíamos ter feito alguma coisa de modo diferente a fim de ajudar a manter essas pessoas entre nós. E ainda mais importante, vamos evitar alguma atitude que torne mais difícil a volta delas.

Respostas sugestivas: 1. Jesus derrubou preconceitos; ofereceu vida eterna; conhecia a mulher; ensinou-lhe sobre adoração; a mulher falou de sua experiência. 2. Jesus está na luz; se andarmos na luz, teremos comunhão com Ele e com os que estão na luz; a comunhão traz segurança espiritual. 3. Devemos nos fortalecer na graça; transmitir o conhecimento a pessoas fiéis, que devem intruir a outros, e assim sucessivamente. 4. Deus nos reconciliou consigo por meio de Cristo; Jesus reconcilia outras pessoas com Ele por meio de nós. 5. Na congregação recebemos orientações e exortações que nos preparam para a volta de Jesus, e encorajamos os irmãos. 6. Não julgar uns aos outros; não usar a liberdade para pecar; servir aos outros pelo amor; bondade, compaixão e perdão.

sábado, 23 de junho de 2012

ANTES DE JULGAR...

Um médico entrou num hospital apressado, depois de ter sido chamado para uma cirurgia urgente. Ele respondeu à chamada imediatamente, e mal chegou trocou-se e foi direto para o bloco operatório. Pelo caminho encontrou o pai do rapaz que ia ser operado a andar para trás e para frente à espera do médico. Quando o viu, o pai gritou:
- Porque demorou este tempo todo a vir? Não sabe que a vida do meu filho está em perigo? Você não tem o mínimo de sentimento e de responsabilidade?
O médico sorriu e respondeu serenamente:
- Peço-lhe desculpa, não estava no hospital e vim assim que recebi a chamada. Agora, gostaria que você se acalmasse para que eu também possa fazer o meu trabalho.
- Acalmar-me? E se o seu filho estivesse dentro do bloco operatório, você também ficaria calmo? E se o seu filho morresse o que faria? - disse o pai visivelmente agitado.
- Ficar nesse estado alterado e de nervos não vai ajudar nada, nem a si, nem a mim e muito menos ao seu filho. Prometo-lhe que farei o melhor que sei e consigo dentro das minhas capacidades, disse o médico.
- Falar assim é fácil, quando não nos diz respeito, murmurou o pai entre dentes.
Passadas algumas horas, a cirurgia terminou e o médico saiu sorridente de encontro ao pai.
- A cirurgia foi um sucesso. Conseguimos salvar o seu filho! Se tiver alguma questão pergunte à enfermeira.
Sem esperar pela resposta, o clínico prosseguiu caminho visivelmente apressado. O pai irritado dirigiu-se à enfermeira e desabafou:
- O médico é mesmo arrogante. Será que lhe custava muito ficar aqui mais uns minutos para eu lhe questionar em relação ao estado geral do meu filho?
A enfermeira, um pouco abalada e quase a chorar respondeu-lhe:
- O filho do doutor morreu ontem num acidente rodoviário. Ele estava no funeral quando o chamamos para a cirurgia do seu filho. Agora que a cirurgia terminou e o seu filho foi salvo, o doutor voltou para o funeral para prestar a última homenagem ao filho dele.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Avaliando o Testemunho e o Evangelismo

Sábado à tarde
Ano Bíblico: Sl 10–17
VERSO PARA MEMORIZAR: “Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a repreensão dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvir” (Pv 25:12, NVI).
Leituras da semana: 2Co 13:5, 6; Hb 10:24, 25; Dt 10:12, 13; Mt 23:15; Ap 14:6, 7
Pensamento-chave: É um erro se envolver na grande obra divina do evangelismo sem uma avaliação eficaz.

Muitas vezes ficamos satisfeitos com resultados mínimos no evangelismo, quando poderíamos ter exercido maior influência e obtido muito mais sucesso se tivéssemos avaliado nossos esforços anteriores. Dessa maneira, poderíamos ter permitido que nossas descobertas orientassem as estratégias futuras.

Às vezes, grandes somas de dinheiro são investidas em ministérios de evangelismo e testemunho, mas os resultados são mínimos. Isso tem levado à sugestão de mudanças na distribuição do orçamento e/ou nos procedimentos. Se apresentadas sem espírito crítico, essas questões podem ser parte da avaliação sadia. No entanto, devemos acrescentar de antemão que, de fato, não conhecemos todos os resultados de um programa específico, porque podemos nos concentrar apenas nos resultados tangíveis (tais como número de pessoas batizadas) e não saber até que ponto as sementes do evangelho foram espalhadas. Contudo, ainda há a necessidade de avaliar de uma forma que envolva uma análise, mas que evite o espírito crítico.

Nesta semana, consideraremos a avaliação como um princípio bíblico e examinaremos seu valor como um procedimento contínuo na vida da igreja local.

Domingo

Por que avaliar?

A avaliação acontecerá, quer a realizemos ou não. A cada sábado e em cada reunião pública acontece uma avaliação. As pessoas avaliam o conteúdo, a clareza e até mesmo a duração do sermão. E os que frequentam reuniões públicas esperam um alto nível de profissionalismo. Em qualquer lugar e tempo em que as pessoas tenham expectativas, haverá avaliação. Embora não possamos apontar um texto em que uma avaliação formal tenha sido feita, é evidente que a avaliação era uma parte importante da vida da igreja primitiva.

1. Qual é a importância da avaliação? Que tipos de avaliação existem na igreja? 1Tm 3:1-13; 1Co 11:28; 2Co 13:5, 6
Quando a Palavra de Deus estabelece um padrão, exige ou prescreve ações específicas, ou apresenta uma ordem, nossas respostas são abertas à avaliação, que faz perguntas muito importantes: “Como estamos indo nesse ministério específico?”; “Como podemos ser mais eficazes?”

O fato de Paulo ter especificado certas qualificações para diáconos e anciãos mostra que algum tipo de avaliação devia ser feita para verificar a aptidão para essas funções, bem como para avaliar a eficácia nesse ministério.

2. Qual é a resposta de sua igreja à missão dada por Jesus? Que aspectos da missão devem orientar essa avaliação? Mt 28:19, 20
Como servos de Deus, a nós foi confiada a verdade imensamente valiosa do evangelho. Considerando que a mensagem do evangelho deve ser levada a todo o mundo, não deve nos surpreender o fato de que Deus também tem um processo de avaliação. O Senhor está interessado no progresso da obra confiada aos que responderam ao chamado para ser colaboradores na salvação das pessoas.
Como você avalia sua fé e experiência com Deus? Que evidências você tem de que Jesus Cristo está em você? Que ações precisam ser executadas para melhorar a situação? (2Co 13:5).

Segunda-feira
Avaliando de maneira cordial

Embora existam muitos benefícios na avaliação, há algumas armadilhas das quais devemos estar cientes e que precisam ser evitadas. Se formos extremamente rigorosos na avaliação, e focalizarmos principalmente os pontos negativos, há o risco de se criar um ambiente crítico, que irá desencorajar e diminuir a quantidade de voluntários. Para evitar que a avaliação seja percebida como crítica, ela deve ser acompanhada pela genuína gratidão. De fato, na maioria das vezes nos esquecemos de reconhecer o trabalho de nossos obreiros, especialmente os que têm servido no seu ministério específico por um tempo considerável. Eles estão sempre ali fazendo o trabalho, e esperamos que eles continuem ali realizando essa atividade. A avaliação lhe dará a oportunidade de encorajar essas pessoas.

3. Em que situações a igreja deve agradecer aos indivíduos e equipes pelo seu trabalho e pelo seu testemunho? Sua igreja tem demonstrado esse espírito de gratidão e reafirmação? At 16:1, 2; Rm 16:1; 1Co 11:2; Fp 4:14

Em muitas ocasiões, o apóstolo Paulo teve que corrigir a igreja ou pessoas na questão da atitude, comportamento ou doutrina. Isso mostra que alguma avaliação havia ocorrido mas, sempre que podia, Paulo também reconhecia as pessoas pelo apoio que davam a ele pessoalmente, por sua fidelidade a Deus ou pelo fiel desempenho de um ministério específico.

Para ser justo na avaliação, é preciso avaliar não somente os resultados mas também os processos. A avaliação de resultados pergunta se um programa atingiu os resultados planejados. A avaliação do processo analisa o gerenciamento interno do projeto.

4. O que significa considerar uns aos outros no contexto da avaliação e do reconhecimento? Que princípios de avaliação são sugeridos na Bíblia? Hb 10:24, 25

Esses versos são mais do que uma sugestão. Com firmeza, eles nos admoestam a levar a sério o crescimento e desenvolvimento espiritual uns dos outros. Se devemos considerar o que Deus requer em nossa vida cristã, e se atendemos à necessidade de considerar em que ponto estamos na nossa experiência, é preciso também realizar uma avaliação adequada ao considerarmos uns aos outros.

Terça-feira

O que o Senhor pede
E agora, ó Israel, que é que o Senhor, o seu Deus, lhe pede, senão que tema o Senhor, o seu Deus, que ande em todos os Seus caminhos, que O ame e que sirva ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e que obedeça aos mandamentos e aos decretos do Senhor, que hoje lhe dou para o seu próprio bem?” (Dt 10:12, 13, NVI).

Considerando os versos acima e o contexto desta semana e de todo o trimestre, responda:
5. Se você fosse resumir o significado essencial dos dois versos acima, o que você diria?
6. De qual texto do Novo Testamento esses versos nos fazem lembrar? Que lição isso nos mostra sobre a importância da admoestação de Deuteronómio 10?Mt 22:37, 38
7. O texto diz que Deus “pede” (ou “requer”) essas coisas de nós. Como devemos entender o significado dessas coisas no contexto da salvação unicamente pela fé?
8. O texto lida em grande parte com nosso coração e mente, com o amor e temor, coisas que muitas vezes são difíceis de julgar pelas aparências. Que manifestações exteriores de coisas interiores esses versos mencionam? Como essa ligação entre o interior e o exterior se harmoniza com a compreensão de Apocalipse 14:6-12?
Em Mateus 23:15, Jesus comunicou aos escribas e fariseus uma avaliação severa sobre o “testemunho” e “evangelismo” realizado por eles para alcançar os gentios. Assim, na busca bem-intencionada de cumprir a comissão evangélica, devemos manter sempre diante de nós as profundas verdades expressas em Deuteronômio 10:12, 13. Afinal, com todos os nossos esforços para conquistar pessoas, a última coisa que queremos fazer é gerar mais “filho[s] do inferno”.

Quarta-feira

Avaliando para o crescimento espiritual
O Senhor, contudo, disse a Samuel: ‘Não considere sua aparência nem sua altura, pois Eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração’” (1Sm 16:7, NVI).

Na lição 7, mencionamos que todos os objetivos definidos por indivíduos ou igrejas devem ter a possibilidade de avaliação. Embora seja relativamente fácil monitorar e avaliar o crescimento numérico, é verdade que existe mais para a igreja do que números.

É óbvio (ou deveria ser) que não queremos simplesmente encher a igreja de pessoas. Queremos enchê-la de pessoas que estejam crescendo em seu relacionamento com Jesus, que amem o Senhor e que expressem esse amor em obediência aos Seus mandamentos. A última coisa que desejamos fazer é o que Jesus disse que os escribas e fariseus faziam: percorriam “terra e mar” (isto é, se envolviam em esforços missionários) e tornavam os conversos “duas vezes mais filho[s] do inferno do que” eles mesmos (Mt 23:15, NVI). Essa forte reprovação de seus “esforços evangelísticos” nos mostra a importância de dar atenção à avaliação do crescimento espiritual, não apenas dos que trazemos para a igreja, mas também de nós mesmos, de uma forma ainda mais atenciosa.

9. Que disciplinas espirituais são importantes? Por que essas coisas são essenciais para nosso crescimento espiritual? Mt 26:41; 1Ts 5:17; Rm 8:6; Ef 6:17, 18; 2Tm 2:15, 16; Sl 1:2

Sendo pecadores necessitados da graça divina, como podemos avaliar algo tão “intangível” como a espiritualidade dos outros? O fato é que não existe registro de uma escala de espiritualidade que sirva de base para avaliar a consagração pessoal. É, portanto, mais adequado e proveitoso considerar se o cristão está na jornada espiritual, em lugar de determinar em que ponto ele está nessa jornada. As disciplinas espirituais em que nos envolvemos são os sinais de uma jornada espiritual. As coisas listadas nos versos acima certamente são indicadores. No entanto, precisamos ter cuidado com nossa maneira de julgar a experiência dos outros. Ao mesmo tempo, especialmente se estamos lidando com novos membros, devemos, de modo bondoso e amoroso, ajudá-los a entender a importância de práticas como a oração, estudo da Bíblia e obediência para seu crescimento espiritual.

Quinta-feira

Avaliando para o crescimento da igreja

A razão pela qual nossa igreja existe é a mesma pela qual avaliamos. Acreditamos que a Igreja Adventista do Sétimo Dia foi levantada neste momento específico na história da Terra como parte do plano de Deus de levar o evangelho ao mundo. Em outras palavras, existimos para conduzir pessoas para o reino.
10. Que ensinos estão na base da nossa identidade como adventistas do sétimo dia? Ap 14:6, 7
Avaliar o próprio desempenho é um método de se manter fiel à tarefa da maneira mais eficaz possível. Qualquer avaliação do que a igreja faz deve examinar como as estratégias de evangelismo e testemunho estão influenciando o crescimento da igreja. As atividades em que estamos envolvidos estão nos ajudando a alcançar o objetivo da igreja?
11. O que deve estar em primeiro lugar em nossa vida? Como essa verdade deve influenciar a espiritualidade da igreja e a obra de testemunhar e evangelizar? Mt 6:33; 10:7; 24:14; Lc 4:43

O relato do ministério terrestre de Jesus contém numerosas referências à pregação como forma de conquistar pessoas para o reino de Deus. Jesus pregou que o reino de Deus estava próximo. Ele repreendeu os líderes religiosos por tornar difícil a entrada das pessoas no reino de Deus. Ele enviou Seus discípulos para pregar o reino de Deus. Evidentemente, o objetivo primordial de Jesus, dos apóstolos e da igreja era conquistar pessoas para o reino.

Os relatórios dos números de pessoas acrescentadas à igreja e dos templos estabelecidos entre os gentios são evidências de que avaliações foram realizadas em relação à forma pela qual a igreja estava atingindo o alvo do crescimento do reino.

Jesus fez uma declaração muito forte e contundente, ao dizer que, se você não está com Ele, está contra Ele (Mt 12:30), e que se você não ajunta com Ele, espalha. Coloque de lado sua profissão de fé ou seu nome no livro da igreja. Você está ajuntando ou espalhando? Como você justifica sua resposta?

Sexta-feira
Estudo adicional
Já ouviu falar de uma banda de um homem só? Isso ocorre quando uma pessoa toca todos os instrumentos de uma banda. O tambor é amarrado às suas costas e operado por um pedal; os pratos são presos entre os joelhos e assim por diante. Uma “banda de uma só pessoa” ocorre quando uma pessoa desempenha todas as partes.

As pessoas que tentam fazer tudo sozinhas às vezes se queixam da falta de apoio da igreja. No entanto, provavelmente a congregação não foi convidada a se envolver de alguma forma, a não ser no aspecto financeiro.

A seguir estão algumas sugestões de como multiplicar seu ministério envolvendo outras pessoas:

1. Descubra quantas pessoas poderiam participar desse ministério.
2. Defina as áreas que necessitam de ajuda significativa e procure as pessoas essenciais para desempenhar esses papéis principais.
3. Escreva um esboço dos aspectos do trabalho. Isso será útil quando estiver falando com os futuros membros da equipe. Eles serão capazes de compreender exatamente o que se espera deles.
4. Apresente relatórios à igreja. Todos verão que seu ministério é parte da estratégia da igreja. Assim será mais provável que eles se envolvam.
5. Tenha reuniões regulares com a equipe. Reafirme os membros da equipe e avalie o progresso.

Perguntas para reflexão
1. Quando e como você cruza a linha entre a avaliação e o tipo de julgamento contra o qual somos advertidos nas Escrituras?
2. Pense mais nas palavras de Jesus em Mateus 23:15. Como podemos impedir que isso aconteça, especialmente quando novos conversos são com tanta frequência cheios de zelo? Como podemos ter certeza de que o zelo está focalizado na direção certa, de modo que não criemos mais “filho[s] do inferno” em nosso meio?
3. Considere um ministério específico em sua igreja e sugira um bom método de avaliação do programa, do processo e do pessoal.

Respostas sugestivas: 1. Traz informações e orientações que ajudam a melhorar a igreja; avaliação de bispos e diáconos; avaliação das esposas; autoavaliação. 2. Envolvimento dos membros da igreja na obra de fazer discípulos (ensinar e batizar). Devemos avaliar e planejar o crescimento. 3. Devemos aproveitar todas as oportunidades; falar em público e em particular; elogiar por meio de cartas. 4. Devemos considerar os irmãos, reconhecendo suas qualidades e promover seu crescimento no amor, nas boas obras e na comunhão. 5. Deus espera respeito, fidelidade em Seus caminhos, amor, serviço feito com dedicação total e obediência aos Seus mandamentos. 6. “Amarás o Senhor... de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”; Deus deve ser o primeiro. 7. Deus é nosso criador, nosso pai e nosso salvador; por isso Ele pede essas atitudes de nós, como resultado do amor e fé. 8. O amor nos leva a andar em Seus caminhos e nos motiva ao serviço; o povo de Deus guarda os mandamentos e tem a fé em Jesus. 9. Vigiar; orar; interceder pelos irmãos; estudar a Bíblia; falar palavras que edifiquem; meditar sempre na lei de Deus. 10. Evangelho eterno; salvação em Jesus Cristo; adoração ao Criador; observância do sábado; juízo final; segunda vinda de Jesus. 11. O reino de Deus e Sua justiça; a volta de Jesus; se esperamos e acreditamos no reino de Deus, pregaremos essa esperança.

O GRANDE CONFLITO

SEMINÁRIO - DÁ-NOS CHUVA SERÔDIA

quinta-feira, 14 de junho de 2012

EVANGELISMO COMO FERMENTO

Versículo Chave:
“Disse mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado" (Lucas 13:20-21).
Introdução:
Esta lição discute a necessidade do evangelismo, explica o processo do evangelismo, e define os termos que são importantes para você compreender enquanto você estuda o tema. Nos tempos do Antigo testamento quando o templo estava sendo construído, o som de um martelo, machado ou qualquer outra ferramenta não se ouviu enquanto ele estava sendo construído (1 Reis 6.7).

O silêncio com o qual aquelas grandes pedras foram colocadas é um exemplo natural de uma grande verdade espiritual. “Um maior que Salomão” está agora edificando um grande templo espiritual. Este templo também está sendo erguido silenciosamente, com cada pedra perfeitamente fixada nas outras. Isto ocorre silenciosamente, mas por meio de um poderoso processo chamado de “evangelismo como fermento”.

EVANGELISMO COMO FERMENTO
“Disse mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado” (Lucas 13.20-21).

Esta passagem revela que a obra de Deus não procede com uma grande quantidade de clamor e publicidade. Você pode esperar que o Reino se estenda por meios externos como subjugar exércitos e conquistar continentes. Mas a disseminação do Reino de Deus é como um pouco de fermento numa massa de pão. O fermento pode ser pequeno e oculto, mas ele tem um potencial ilimitado. Como o fermento, o poder do Reino não é externo, antes, ele é interno.
Noutro exemplo, Jesus comparou a disseminação do Reino de Deus a uma semente de mostarda:

“E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei? É semelhante a um grão de mostarda que um homem plantou na sua horta; e cresceu e fez-se árvore; e as aves do céu aninharam-se nos seus ramos” (Lucas 13.18-19).

Numa outra parábola, Jesus comparou a fé com a semente de mostarda. Ele disse que nada é impossível mesmo com uma pequena quantidade de fé. Semelhante a maneira como a fermento se espalha, uma pequena semente de mostarda se desenvolve para tornar-se uma grande árvore. Este exemplo também ilustra a silenciosa, mas poderosa maneira como o Reino avança.

Há muitos novos métodos que podem ajudar a estender o evangelho. Estes se chamam “tecnologias”. Elas incluem coisas tais como prensas, computadores, rádios, televisões, áudio e vídeo, e satélite. Novos métodos de transportação também ajudam as pessoas a estender rapidamente o evangelho. Estas novas tecnologias são todas úteis, mas o real poder do evangelho ainda é interno. Com isto nós queremos dizer que o poder está no próprio evangelho. Isto é o que as parábolas do fermento e da mostarda ilustram.

O evangelho não fica limitado onde povo não tem tecnologia avançada. Até mesmo com uma pequena quantidade de fé, o reino avançará. Isto é evangelismo como fermento.

A DEFINIÇÃO DE EVANGELISMO
A palavra “evangelismo” (ou evangelização) vem de uma palavra grega, “euangelion”. Há realmente quatro formas básicas desta palavra. Uma palavra significa “boas notícias”; duas palavras significam “proclamar as boas novas”, e uma palavra se refere ao “evangelista” ou a pessoa que faz a proclamação.

Evangelismo não esta somente uma série de reuniões ou cultos de adoração. Evangelismo não é o mesmo que reavivamento. Reavivamento é o Senhor em operação na Igreja. No reavivamento, a ênfase está na presença do Senhor restaurando a vida de Seu povo.

Evangelismo é a Igreja trabalhando para o Senhor. No evangelismo a ênfase está na experiência do novo nascimento, o inicio da vida espiritual. A renovação resulta do reavivamento, contudo, acendas forças do evangelismo que resultam em “novas criaturas em Cristo” de modo que estão estreitamente unidas quanto à vida espiritual.

Evangelismo é:
“... comunicar o evangelho através do poder do Espírito Santo de tal maneira que homens e mulheres tenham uma válida oportunidade de aceitar ou rejeitar a Jesus Cristo como Salvador e Senhor e se tornarem membros de sua igreja”.

Examinemos esta definição em detalhe. O “evangelho” é a mensagem comunicada. A mensagem básica do evangelho é resumida em 1 Coríntios 15:1-5, mas o “evangelho do Reino”, de fato, inclui tudo que Jesus ensinou (Mateus 28.18-20). A conversão bíblica vem pela verdade. O evangelho é um encontro entre a verdade e a injustiça, Cristo e os pecadores, e céu e inferno.

É o evangelho do Reino de Deus que deve ser compartilhado, não as tradições de homens ou as crenças denominacionais. A meta não é atacar os sistemas políticos ou outras religiões. A meta não é transformar a sociedade, mas ver as pessoas transformadas através do poder do evangelho.

A meta nem sequer é fazer “boas obras” educacionais, médicas, ou programas de cuidado e alimentação de pessoas. Estas coisas só são benéficas para cumprir a Grande Comissão quando elas são feitas dentro do contexto da evangelização. A apresentação do evangelho deve ser a meta final ou eles se tornam somente programas sociais.

Jesus ministrou às necessidades físicas das pessoas ao alimentar as multidões, curar e libertar. Mas estas obras foram feitas dentro do contexto da evangelização. Elas foram acompanhadas pelo ensino e pregação do evangelho.

“Comunicar” o evangelho significa que ele deve ser compartilhado de tal modo que leve as pessoas a aceitar a Jesus Cristo como o Salvador e Senhor. Quando você compartilha o evangelho desta maneira, você está evangelizando. Se você deseja evangelizar, você deve estar em contato com aqueles que estão espiritualmente perdidos no pecado, pois a evangelização deve acontecer no lugar onde os pecadores estão.

"A través do poder do Espírito Santo" significa que a mensagem não só deve ser comunicada verbalmente, mas através da demonstração de poder. Paulo disse:

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus” (1 Coríntios 2:4-5).

"A través do poder do Espírito Santo" também significa que a unção do Espírito Santo deve estar na comunicação do evangelho, pois ela leva a obra do Espírito para ganhar aos perdidos:

“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).

"Aceitar" significa que o ouvinte responde à mensagem. Informação sem convite é mera instrução. É exortação, mas não é evangelização. Na verdadeira evangelização deve haver uma oportunidade para a resposta. Dar seu testemunho de conversão a alguém é um método de evangelização chamado “testificar”, mas não é evangelização. Dar testemunho não é ganhar. Dar testemunho é importante, mas não assegura a salvação. A verdadeira evangelização significa apresentar as pessoas a Cristo de tal maneira que elas verão a necessidade de uma decisão pessoal. A evangelização resulta na experiência do novo nascimento que também se chama “conversão” ou “salvação”.

“Aceitar a Jesus Cristo como o Salvador e Senhor” não só significa uma resposta para receber a salvação, mas um processo que leva Jesus a tornar-se o Senhor da vida de uma pessoa. Isto implica que os novos convertidos são levados ao discipulado para se tornarem membros responsáveis da Igreja. Note que é “Sua Igreja”, significando o verdadeiro Corpo de Cristo, não só uma denominação ou organização específica.

“Uma oportunidade válida” significa que a mensagem deve ser ministrada de tal modo que possa ser entendida por uma pessoa comum. Isto significa que a comunicação deve adaptar-se ao idioma, nível educativo, e cultural de um indivíduo. Isto também significa que nós não podemos concluir que uma pessoa ou povo simplesmente tem sido evangelizado porque nós pregamos um tempo ali. O testemunho deve ser mantido por um tempo suficiente que resulte em compreensão e oportunidade para resposta. Podemos dizer que indivíduos, famílias, tribos, ou nações têm sido evangelizados quando eles têm entrado em contato com o Evangelho tempo suficiente para haver tido oportunidade de responder a ele pela fé. Esta “oportunidade válida” também implica numa mensagem poderosa que provê a oportunidade para as pessoas verem a demonstração visível do evangelho através de curas e libertações.

A NECESSIDADE PARA O EVANGELISMO
Por que o mundo necessita ser evangelizado? Para responder esta pergunta você deve entender duas coisas: A definição e o destino do perdido.

A DEFINIÇÃO DO PERDIDO:
Leia sobre a criação do mundo e do homem nos capítulos 1 e 2 de Génesis. Depois leia Génesis 3 sobre como o pecado entrou no mundo. Quando Adão e Eva foram criados, eles tinham uma pura natureza perfeita. Depois que eles pecaram sua natureza se corrompeu. Quando Adão e Eva começaram a se reproduzir e ter filhos, estas novas adições à raça humana nasceram com a natureza básica de pecado. O homem não era mais tão bom como Deus o havia criado. Seu pensamento natural e padrão dação eram maus.

Génesis 4:1-6:4 descreve o padrão do pecado quando ele começou a estender-se ao largo do mundo. Estes capítulos registram o primeiro assassinato, a primeira mentira, e como a maldade do homem cresceu até que cada pensamento tornou-se mau, assim também como cada ação. Finalmente, o mundo inteiro estava tão pecador que Deus realmente se arrependeu de ter feito ao homem (Génesis 6:5-6).

Devido ao crescimento rápido do pecado, Deus decidiu destruir a terra com um dilúvio, mas salvou a um homem justo, Noé, e sua família. (Leia a historia de Noé e do dilúvio em Génesis 6:8-9:17.)

Depois do dilúvio, a família de Noé começou a reproduzir-se. Quase imediatamente, o padrão do pecado ocorreu de novo.

É por isto que todas as pessoas de todo o mundo de todos os tempos são chamadas de “pecadoras”:

“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).

Todas as pessoas que não têm se arrependido do pecado e experimentado o novo nascimento descrito por Jesus em João capítulo 3 é considerado “perdido”, porque elas têm perdido a pura natureza com que Deus criou ao homem originalmente. Nós também podemos dizer que elas são “não-salvas” ou “incrédulas”, porque elas não têm sido salvas de seus pecados através de crer no Senhor Jesus Cristo como o Salvador.

O DESTINO DO PERDIDO:
Devido ao pecado original de Adão e Eva, a morte entrou no mundo e eventualmente devido a isto todos morremos fisicamente. Depois da morte física vem o juízo:

“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9:27).

Depois da morte, nós nos apresentaremos ante o juízo de Deus. As pessoas que não têm se arrependido de seus pecados enfrentarão uma segunda morte. Elas morrerão a “morte espiritual” de separação eterna de Deus. Seu destino é o Inferno (Romanos 6:23; Apocalipse 20:12, 15).

Quando realmente entendemos o destino do perdido, compreendemos a necessidade urgente pela evangelização. Se não alcançarmos as pessoas com o Evangelho, elas morrerão no pecado e se destinarão para a eternidade no inferno.

O PROCESSO DO EVANGELISMO
O evangelismo é um processo que inclui a presença e proclamação do evangelho, persuasão, plantação, e participação. Permita-nos examinar este processo:

PRESENÇA:
Evangelismo de “presença” é o que radia as qualidades de Jesus através de demonstrar o caráter cristão e interesse pelas pessoas sem Cristo. O mundo não será alcançado para Jesus sem uma presença cristã autêntica. Os crentes devem aprender a construir relacionamentos, devem identificar-se com as pessoas, e devem servir aos incrédulos. Você não pode ganhar os pecadores se você não tem nenhum contacto com eles.

PROCLAMAÇÃO:
Muitos crentes continuam sendo cristãos “agentes secretos”, por assim dizer. Eles pensam que sua presença entre os incrédulos é suficiente para cumprir a Grande Comissão para evangelizar o mundo. Mas a ordem de Jesus é que nós comuniquemos o Evangelho verbalmente através de pregar, ensinar, e dar testemunho. Nós também devemos demonstrar o poder do evangelho através de curar e libertar. Estas são maneiras em que o evangelho é proclamado.

PERSUASÃO:
A proclamação do evangelho não conclui o processo de evangelização. O evangelho deve ser apresentado de tal maneira que as pessoas sejam persuadidas a tornar-se crentes no Senhor Jesus Cristo.

PLANTAÇÃO:
O novo convertido que tem sido persuadido a seguir Jesus deve ser “plantado” depois numa igreja local ou uma igreja deve ser “plantada” entre um grupo de novos crentes.
PERFEIÇÃO:
Como resultado desta plantação, os convertidos amadurecem espiritualmente enquanto o discipulado é realizado dentro do contexto da igreja local. (A maturidade espiritual é chamada de “perfeição” na Bíblia).

PARTICIPAÇÃO:
O processo de evangelização está completo quando novos crentes se tornam ativos na tarefa de evangelização e começam a reproduzir-se espiritualmente.
PARA ESTUDO ADICIONAL
1. Neste capítulo introdutório você foi apresentado a definição de “evangelismo”:
Evangelismo: Evangelismo é comunicar o evangelho através do poder do Espírito Santo de tal maneira que homens e mulheres tenham uma válida oportunidade de aceitar ou rejeitar a Jesus Cristo como Salvador e Senhor e se tornarem membros de Sua igreja.

Aqui estão alguns outros termos com que você deve estar familiarizado:
Evangelizar: Este termo se usa para o processo de fazer o trabalho de evangelização.
Evangelizado: Podemos dizer que indivíduos, famílias, tribos, ou nações têm sido evangelizados quando eles têm estado tempo suficiente em contacto com o evangelho para haver tido uma oportunidade de responder a ele pela fé. O processo completo da evangelização inclui integrar a um convertido numa igreja local ou plantar uma igreja entre um grupo de novos crentes.
Evangelista: Um evangelista tem um dom de direção especial de Deus que é uma habilidade de compartilhar o evangelho de tal modo com os incrédulos que os homens e mulheres respondem e se tornam membros responsáveis do corpo de Cristo. O significado da palavra "evangelista" é "aquele que traz as boas notícias". Ainda que todos os crentes não tenham o dom especial de liderança de ser um evangelista, todos devem fazer o trabalho do evangelista.
Testificar: Um crente que diz a uma pessoa não-salva sobre sua experiência pessoal com Jesus Cristo.
Evangelismo pessoal: Evangelismo pessoal é uma crente individual que comunica o evangelho a uma pessoa não-salva.
Evangelismo em Massa: Evangelismo em massa também se chama “evangelização de grupo”. É comunicar o evangelho a um grupo de pessoas. Inclui atividades tais como cruzadas de massa, reuniões evangélicas, e concertos de música evangélica.
Evangelização Leiga: Este termo se refere a qualquer obra evangélica feita por homens comuns (pessoas que não estão em posição de liderança de tempo integral na igreja).
Evangelismo de Saturação: Evangelismo de Saturação se refere a “saturar” uma certa área geográfica para que cada pessoa seja alcançada com o evangelho.
Convertido: Um convertido é uma pessoa que tem aceitado a Jesus Cristo como Salvador. Ele tem sido convertido de sua velha vida de pecado à nova vida em Jesus.
Discípulo: Um discípulo é um convertido que é estabelecido nos elementos essenciais da fé cristã e é capaz de ganhar e discipular a novos convertidos. A palavra “discípulo” quer dizer a aprendiz, um aluno, alguém que aprende seguindo.
Acompanhamento: Acompanhamento é o processo de treinar os novos convertidos e levá-os os à maturidade em Cristo, produzindo estabilidade espiritual, crescimento, e reprodução. Isto também se chama “discipulado" porque envolve tomar um novo convertido e fazê-o um discípulo do Senhor Jesus Cristo.
2. Nos tempos do Antigo Testamento, Deus disse a Abraão que através dele todas as nações do mundo seriam abençoadas. Mas com esta bênção uma grande responsabilidade viria. Abraão teria que deixar seu país, seu próprio povo, e a casa de seu pai para ir a uma terra que Deus lhe mostraria (Gênesis 12:1).
Abraão foi primeiro a um lugar chamado Haram e se estabeleceu ali (Gênesis 11:31). Ele foi tentado a ficar em Haram, mas para receber a bênção ele tinha que obedecer a Deus e deixar este lugar. Abraão não poderia tornar-se o pai de uma grande nação e cumprir suas próprias ambições egoístas ao mesmo tempo.
Cruzar os limites da cidade de Haram e seguir para cumprir o plano de Deus foi uma grande decisão para Abraão.

Sabia que você é um crente hoje devido à decisão de Abraão? Porque Abraão deixou Haram, Deus o abençoou. A través de Abraão, todos os homens e mulheres de todas as nações por todas as partes são abençoados com o Evangelho. Eles são abençoados porque a salvação através de Jesus Cristo veio da família de Abraão devido a sua obediência.

Como Abraão, quando você recebe a bênção recebe também uma grande responsabilidade. Àqueles que têm sido abençoados com a salvação e com o Espírito Santo, a evangelização não é uma opção. É uma obrigação (Atos 1:8).

Falando espiritualmente, cada crente eventualmente enfrenta um “Haram” em sua vida. Este “Haram espiritual” é o lugar onde Deus pergunta, “você está pronto a deixar suas próprias ambições por causa do evangelho? Você está pronto a deixar sua pátria, seu povo e a casa de seu pai se Eu pedir?”

Você não pode cumprir suas próprias ambições egoístas e abençoar as nações ao mesmo tempo. Você deve cruzar a linha e deve deixar Haram para trás.

3. A Bíblia diz, “Um pouquinho de fermento leveda toda a massa” (Gálatas 5:9). Você aprendeu nesta lição que o Reino de Deus se multiplicará como fermento. O mal também se multiplica da mesma maneira.

Estudos versículos seguintes: Mateus 16:6-12; Marcos 8:15; 1 Coríntios 5:6-8. No Novo Testamento, o fermento pode falar da qualidade de penetração do evangelho ou da apostasia (a condição dos desviados) da Igreja. No Antigo testamento, a fermento aparentemente tinha significados similares. Ele não era permitido nalgumas oferendas, pois ela simbolizava o mal. Noutras oferendas, como a oferta de gratidão, ele foi permitida.

4. Se você é o pastor ou líder na igreja local, use as perguntas seguintes para avaliar o estado atual da evangelização na sua comunidade. Registe as respostas numa folha de papel separada:

(1) Quem é responsável para planear a evangelização na igreja?
(2) Quantas pessoas foram convertidas e se tornaram partes da sua comunidade cristã nos últimos cinco anos?
(3) O que a igreja a fazer presentemente para alcançar as pessoas? Seja específico na resposta.
(4) Que programas tem a sua igreja presentemente que não são eficazes à evangelização e a produzir novos convertidos?
(5) Como pode a igreja ajudar os seus membros a descobrir os seus dons espirituais e usá-los na tarefa de evangelização?
(6) Quais são os planos que a igreja tem para alcançar a comunidade com o evangelho?
(7) Com que frequência, nos últimos cinco anos, a igreja tem provido treino específico na evangelização pessoal aos membros?
(8) Quão frequentemente os cultos incluem um enfoque na evangelização, quer dizer, mensagens dirigidas para alcançar os de fora, provendo oportunidades para as pessoas ouvirem o evangelho, etc.?
(9) Quando foi a última vez que a igreja participou num esforços de evangelização de massa, como uma campanha, reunião, ou concerto, etc.?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Levando Informação à Igreja - 11 Escola Sabatina

Sábado à tarde

VERSO PARA MEMORIZAR: “Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e Lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado” (Mc 6:30).

Leituras da semana: At 4:1-31; 21:19-25; 1Co 9:19-23; Nm 13:17-33; At 11:1-18

Pensamento-chave: Como um relatório dos esforços missionários da igreja primitiva, o livro de Atos está cheio de lições para nós.

O incrível crescimento da igreja primitiva tem levado muitos a estudar o livro de Atos. Consequentemente, à luz desse livro, foram examinadas muitas áreas da vida da igreja, como crescimento de igreja, missões estrangeiras, administração da igreja e evangelismo. Embora muita coisa tenha sido extraída de Atos sobre esses temas, existem outros aspectos, como a apresentação de relatórios, que não receberam a atenção que merecem.

A base dos relatórios no livro de Atos são os relatórios dos evangelhos. Evidentemente, essa importante atividade da igreja tem um impacto significativo sobre o sucesso do testemunho e do evangelismo. A razão é muito simples: precisamos saber o que está acontecendo, e o que funciona ou não.

Nesta semana, examinaremos como os primeiros evangelistas apresentaram relatórios aos seus líderes e para a igreja como um todo. O objetivo é compreender a importância de relatar e ver em que ponto isso pode melhorar as estratégias de testemunho e evangelismo de uma igreja local.

Domingo
Um princípio bíblico
Quando alguém menciona relatórios, você pode imaginar muitas folhas de papel cheias de fatos e estatísticas que provavelmente farão pouco mais do que acumular poeira. Entretanto, os relatórios não são uma invenção moderna projetada para frustrar os envolvidos no testemunho e evangelismo. Relatórios são um princípio bíblico. Como revela o Verso Para Memorizar para esta semana, quando os discípulos voltaram de uma viagem missionária, relataram a Jesus tudo que tinham feito e ensinado. Essa parece ser uma parte central da obra do evangelho.

Embora não possamos apontar um texto bíblico específico que diga: “Você deve relatar porque...”, há ampla evidência de que os relatórios eram importantes tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Relatar é uma atividade que faz parte de uma cadeia de eventos, ou seja: alguém prepara um relatório, alguém recebe o relatório, o relatório é avaliado, então decisões são tomadas e ações são planejadas em resposta ao que foi relatado.

1. Que relatório Pedro e João apresentaram aos irmãos? O que a igreja foi impelida a fazer por causa desse relatório? Que lições aprendemos com esse episódio? At 4:1-31

Considere que, sem jornais, rádio ou televisão por satélite, a palavra falada era a principal forma de espalhar a boa notícia sobre Jesus. Se esses cristãos primitivos cedessem às ameaças feitas contra eles, sua influência em favor de Deus teria sido seriamente prejudicada. Eles se reuniam, ouviam os relatos, e então escolhiam uma estratégia que lhes permitisse ser fiéis à sua vocação evangelística.

No centro de tudo, é claro, estavam a oração e a leitura das Escrituras. Se não encontrarmos nada mais nessa história, podemos ver a importância que eles davam à oração e à confiança na Palavra de Deus. Não deve ser diferente para nós hoje.

Embora não tenhamos os detalhes do que eles planejavam, o verso 29 mostra que, apesar das ameaças recebidas, eles continuvam a falar sobre Jesus.

As Escrituras foram citadas diante dos líderes de Israel e dos outros cristãos judeus, mostrando que elas eram essenciais para sua fé e seu testemunho. As Escrituras são importantes e essenciais em sua vida? (para responder pense na seguinte pergunta: Quanto tempo passo com as Escrituras a cada dia?)

Segunda-feira
“O que Deus tem feito”

Constantemente somos lembrados de que, em quase todas áreas da vida, a comunicação eficaz é a chave para a compreensão e a harmonia. Ao considerarmos a família da igreja, vemos que relatar as atividades e seus resultados é uma parte vital da comunicação interna. Em muitas igrejas há muita atividade, mas apenas os envolvidos em cada ministério sabem o que acontece ali. Devido a isso, há um sentimento correspondente entre os que lideram os ministérios que não têm muita relação com o que eles estão fazendo. Esses sentimentos não são surpreendentes se os líderes nunca compartilham seus objetivos e estratégias com a igreja e nunca relatam suas atividades e resultados.

2. Qual foi a reação da igreja quando ouviu o relatório de Paulo? Em meio ao bom relatório havia indícios de divisão entre os cristãos. Qual era a causa do problema, como Paulo reagiu e que lições existem para nós? At 21:19-25; 1Co 9:19-23

Voltando a Jerusalém de uma viagem missionária, Paulo relatou a Tiago e a todos os anciãos a maneira pela qual Deus havia abençoado seu ministério entre os gentios. Quando Paulo relatou cada um dos muitos avanços do evangelho, os líderes da igreja responderam com um espontâneo e genuíno louvor a Deus.

No entanto, havia evidência de divisão e confusão, mesmo em meio às boas notícias do testemunho de Paulo.

“Muitos dos judeus que haviam aceitado o evangelho acariciavam ainda certo respeito pela lei cerimonial, e estavam demasiadamente dispostos a fazer desavisadas concessões, esperando assim ganhar a confiança de seus concidadãos, remover seus preconceitos e ganhá-los para a fé em Cristo como o redentor do mundo. Paulo compreendeu que, por todo o tempo em que muitos dos principais membros da igreja em Jerusalém continuassem a manter o preconceito contra ele, procurariam constantemente prejudicar sua influência. Acreditava que, se por alguma concessão razoável pudesse ganhá-los para a verdade, removeria um grande obstáculo ao êxito do evangelho em outros lugares. Não se achava, porém, autorizado por Deus para ceder tanto quanto pediam” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 405).

Hoje também lutamos com a divisão entre nós com relação à melhor forma de alcançar as pessoas. Quais são as lutas enfrentadas em sua igreja? Como você pode ajudar a resolver essas questões?

Terça-feira

A importância de relatar
A importância de relatar as atividades de evangelismo e testemunho e seus resultados nem sempre foi percebida e, consequentemente, nem sempre isso foi realizado. Em todas as áreas da nossa atual vida agitada, a importância é colocada sobre as coisas em proporção ao seu valor percebido. Coisas vistas como desperdício de tempo e esforço geralmente não recebem muito do nosso tempo e atenção. Portanto, a importância de relatar precisa ser demonstrada. Ou seja, os membros da igreja precisam perceber o que pode ser alcançado por meio das avaliações dos relatórios.

Existe diferença entre simplesmente relatar fatos frios e duros e compartilhar as atividades que esses fatos representam como uma parte bem-sucedida dos esforços da igreja para alcançar pessoas para Cristo. Os que apresentam os relatórios têm a responsabilidade de assegurar que seus relatos comuniquem o entusiasmo e a alegria do sucesso que surge do envolvimento no ministério destacado no relatório.

3. Se removêssemos todos os relatórios de atividades evangelísticas do livro de Atos, que informações emocionantes e encorajadoras perderíamos? At 5:14; 8:4, 12; 11:21; 14:21

O impressionante crescimento da igreja, relatado no livro de Atos, não aconteceu de modo simples. Fortalecidos pelo Espírito Santo, e lembrando a promessa de sucesso feita por Jesus, os fiéis se envolveram em atividades que trouxeram esses resultados. Eles estavam concentrados no que desejavam alcançar e na melhor forma de realizar isso. Está relatado que, por meio da pregação do evangelho, multidões de homens e mulheres se converteram ao Senhor e foram batizadas como parte de seu processo de discipulado. Isso ressalta a importância de relatar os resultados e as atividades com tantos detalhes quanto possível. Na verdade, a Bíblia registra mais os resultados das atividades de testemunho e evangelismo do que os detalhes dessas atividades.

Os primeiros missionários iam a todos os lugares em que pudessem, pregando sobre Jesus e Seu reino. Devido aos resultados relatados e registrados, supomos que também apresentassem poderosos apelos aos seus ouvintes. Essas constantes pregações e apelos produziram resultados maravilhosos no crescimento da igreja, registrados no livro de Atos.

Quarta-feira

Relatórios e motivação

Quando falamos de motivação, estamos nos referindo às razões profundas pelas quais acreditamos nas coisas ou as realizamos. Isso também é verdade com relação aos relatórios. Quando relatamos, fazemos isso por uma razão ou algumas razões. Nossas razões poderiam ser simplesmente uma tentativa de convencer uma comissão a continuar financiando algum projeto. Ou poderíamos relatar de uma forma que convencesse as pessoas a interromper um programa ou a trocar os líderes. Se o conteúdo do relatório ou sua ênfase envolve informações selecionadas, talvez as decisões tomadas com base na avaliação de tais relatórios podem não ser as melhores. Assim, nossos relatórios precisam ser honestos e justos.

4. Os doze espias viram as mesmas coisas. Por que apenas dois deles reagiram de modo positivo? Que lição devemos tirar desse incidente para nós hoje? Nm 13:17-33

Embora Deus tivesse prometido que os filhos de Israel certamente podiam tomar a terra, alguns dos espias não tinham confiança. Josué e Calebe deram um bom relatório acerca da terra e sugeriram que fossem imediatamente para tomar posse (v. 30). Os outros que estiveram com eles quando espiaram a terra deram um relatório negativo, enfatizando os obstáculos para conquistá-la e sugerindo que voltassem para o Egito.

Ao elaborarmos relatórios, devemos considerar a vontade revelada de Deus e Suas bênçãos. Não devemos apenas relatar o sucesso que tivemos naquilo que fizemos, mas o sucesso que alcançamos quando cumprimos a vontade de Deus (Mt 7:21). Existe sempre a possibilidade de nos envolvermos com os padrões mais recentes de ministério evangelístico e medirmos nosso sucesso pela habilidade em implementar esses princípios, em comparação com outras igrejas. Quando relatamos nosso aparente sucesso, podemos estar mais interessados em parecer bem-sucedidos do que em buscar a vontade de Deus para nossa igreja e colocá-la em prática, por Sua graça.

Esse é um desafio para nossas igrejas hoje, quando parece que somos bombardeados por infindáveis “melhores” formas de evangelizar. No relatório dos espias, certamente Josué e Calebe também viam os obstáculos para conquistar a terra, mas conheciam também a vontade de Deus. Portanto, uma parte importante de seu relatório assegurou ao povo que certamente era possível tomar posse da terra. Por outro lado, os espias cujo pensamento não incluía reflexões sobre a vontade de Deus trouxeram um relatório completamente negativo, calculado para convencer o povo de que retornar ao Egito seria a melhor opção.

Quinta-feira

Dando glória a Deus
Algumas pessoas hesitam em apresentar relatórios bem-sucedidos porque pensam que isso pode ser uma forma de ostentação com base na realização humana. Na realidade, porém, por meio dos relatórios fiéis, Deus é glorificado e Sua igreja é fortalecida na fé e na determinação de continuar trabalhando para Ele. Embora seja verdade que, às vezes, alguém possa relatar com motivos indignos, isso não deve impedir os cristãos humildes de partilhar as coisas poderosas que Deus tem feito por intermédio deles e como os tem capacitado a ser para Ele testemunhas e evangelistas. Se feitos com humildade, entusiasmo e amor pelas pessoas, os relatórios podem encorajar grandemente os outros membros da igreja a se envolver também no trabalho de evangelismo e de alcançar pessoas.

5. Como os líderes e membros da igreja em Jerusalém reagiram ao relatório de Pedro sobre o trabalho entre os gentios? Os princípios revelados nessa passagem ainda são importantes para a igreja? At 11:1-18

Pedro e os outros que ousaram testemunhar e evangelizar fora dos círculos judaicos haviam sido criticados. Em seguida, no entanto, como resultado do relatório de Pedro à igreja em Jerusalém, as críticas cessaram e os outros cristãos judeus glorificaram a Deus.

De nossa perspectiva atual, não é fácil compreender as questões em jogo naquele tempo. Claro, o evangelho devia alcançar a todos, judeus e gentios, mesmo que chegasse primeiro aos judeus (Rm 1:16). Todos sabem disso. No entanto, no contexto do livro de Atos, o conceito das promessas da aliança se estendendo aos gentios exigiria uma grande mudança no pensamento judaico. Todavia, por causa dos relatórios sobre as bênçãos e atuação divina, os membros da igreja obtiveram nova compreensão do desejo divino de salvar todas as pessoas em todos os lugares. Na verdade, desde o início sempre havia sido plano de Deus salvar todos os que quisessem ser salvos (Ef 1:1-4; Is 53:6; Hb 2:9).

Provavelmente, em menos de dois minutos o leitor possa ler o relatório de Pedro em Atos 11:1-18. Podemos seguramente admitir que seu relatório, as perguntas que se seguiram e as respostas para cada uma delas teriam levado muito mais tempo. Além disso, embora Pedro se referisse a si mesmo ao longo do relatório, e ainda que alguns membros da igreja pudessem ter dito: “Muito bem, Pedro!”, toda a glória foi dada a Deus, e os líderes da igreja foram encorajados, quando tiveram maior compreensão de que a comissão evangélica ao mundo inteiro poderia se tornar realidade.

Sexta-feira
Estudo adicional
Como vimos nesta semana, outras pessoas precisam saber o que você está fazendo. Relatórios específicos, tais como índices de frequência e demonstrativos financeiros certamente são necessários. É igualmente importante que você apresente relatórios em concílios evangelísticos e comissões da igreja. Embora um relatório verbal possa tocar brevemente nos principais pontos, deve ser entregue um relatório escrito que contenha tantos detalhes quanto possível.

Essa informação não apenas manterá as pessoas interessadas em seu ministério, tornando mais fácil encorajar o envolvimento, mas melhorará diretamente a avaliação, o planeamento do futuro e a orientação.

Certifique-se de que seus relatórios estejam relacionados com os planos de evangelismo global da igreja. Explique como seu ministério é parte de uma estratégia que está contribuindo para a realização dos objetivos da igreja.

Desafie a si mesmo a respeito de sua motivação para relatar. Até que ponto você está centrado na vontade de Deus para sua igreja e na salvação das pessoas?

Perguntas para reflexão
1. Como apresentamos relatórios de “más notícias”? O que fazemos se um programa da igreja não está funcionando? Como isso deve ser discutido e examinado, para que sejam efetuadas as mudanças necessárias? Se atribuímos ao Senhor o sucesso no evangelismo, a quem devemos culpar se as coisas não estão indo tão bem?
2. Por mais que afirmemos dogmaticamente nossa crença de que o evangelho deve alcançar todo o mundo, de que forma nossos preconceitos culturais e sociais podem necessitar do mesmo tipo de mudança que ocorreu com os primeiros cristãos judeus?
3. Embora o contexto desta semana tenha sido sobre os relatórios das atividades evangelísticas, pense sobre o conceito de dar qualquer tipo de relatório, em qualquer tipo de situação. Como podemos ter certeza de que somos honestos e verdadeiros e não apresentamos as informações de uma forma que nos dê o que desejamos, independentemente de como nossas palavras são distorcidas? Por que é tão fácil enganarmos a nós mesmos enquanto agimos dessa forma?

Respostas sugestivas: 1. Relataram as ameaças recebidas; foi impelida a orar a Deus, suplicando poder para vencer a dificuldade; devemos avançar em oração. 2. Deram glória a Deus; a causa era a visão equivocada dos judeus; Paulo se submeteu aos rituais judaicos que não eram obrigatórios. 3. Crescia o número de crentes; iam por toda parte pregando; eram batizados; discípulos em Listra, Icónio e Antioquia. 4. Calebe e Josué tinham coragem e confiança em Deus; tinham a certeza da vitória sobre os inimigos porque o Senhor havia prometido. 5. Ficaram em paz, glorificaram a Deus; reconheceram a salvação aos gentios; precisamos conversar sobre as dificuldades no evangelismo.

domingo, 3 de junho de 2012

Uma Resposta de Amor – 10 Escola Sabatina

Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Se vocês Me amam, obedecerão aos Meus mandamentos” (João 14:15, NVI).
Leituras da semana: 1Jo 4:18, 19; Rm 3:19, 20; João 15:13; Rm 5:6-8; João 6:28, 29
Pensamento-chave: Devemos trabalhar para ganhar pessoas para Cristo. No entanto, precisamos refletir sobre a seguinte questão: O que nos motiva a fazer isso?
Embora nosso Verso Para Memorizar seja mais frequentemente considerado uma referência aos Dez Mandamentos, há também outros mandamentos incluídos. Um dos mais importantes é: “Vão e façam discípulos de todas as nações” (Mt 28:19, 20, NVI ).

Nossa motivação para testemunhar e evangelizar deve ser principalmente a graça de Deus concedida a nós e não um sentimento de culpa, simples obrigação, ou dívida. Não é preciso ser psicólogo comportamental para saber que quase tudo que fazemos é uma resposta a alguma coisa. Isso será verdade também acerca do nosso envolvimento no testemunho e evangelismo. Podemos descobrir nossa motivação simplesmente perguntando por que fazemos o que fazemos. Por que nos envolvemos nas estratégias da igreja para testemunho e evangelismo? Ou, por que não nos envolvemos?


Nesta semana, estudaremos a motivação certa para se envolver na obra do Senhor, e também apresentaremos os perigos de trabalhar com as motivações erradas, como obrigação, culpa ou vergonha. Examinaremos por que a evangelização e o testemunho devem ser nossa resposta de amor ao dom da salvação que Deus nos oferece.

Domingo

Motivado pelo amor

Você já se perguntou por que muitas vezes parece difícil motivar as pessoas para assumir compromissos de longo prazo nos projetos da igreja? Talvez a resposta possa ser encontrada ao pensarmos em algumas situações em que seja evidente um alto grau de motivação e comprometimento. O que motiva um pai a doar um de seus rins para salvar a vida de seu filho? Por que mães e pais investem uma pequena fortuna para prover a melhor educação possível para seus filhos? Essas coisas são feitas porque os pais se sentiriam culpados se não fizessem? Será que eles pensam que devem essas coisas aos filhos? Claro que não!

Embora os pais tenham um senso de responsabilidade pelo bem-estar de seus filhos, o amor é certamente a principal força motivadora. Eles fazem o que fazem porque amam. Este ponto deve ser enfatizado repetidamente: fazemos as coisas para Deus porque O amamos e porque sabemos que Ele nos ama.

1. Que prejuízo o medo traz para o amor? Qual é o efeito do amor sobre o medo? 1Jo 4:18, 19

Nosso amor por Deus deve estar enraizado em Seu amor por nós. Deus existia antes de nós e nos amou intensamente desde a criação da humanidade. O amor só pode ocorrer como resultado do amor e em resposta ao amor. É quase infrutífera a obediência à grande comissão evangélica por qualquer outra razão que não seja o amor. Por isso, a preparação espiritual é vital quando buscamos nos envolver no testemunho e evangelismo.

Nosso amor por Deus e nossa vontade de trabalhar com Ele na salvação das pessoas depende de nosso conhecimento dEle. Não é usual que amemos pessoas que não conhecemos. Portanto, para obedecer a Deus por amor é vital conhecê-­Lo pessoalmente.

2. Que razões temos para amar e obedecer a Deus e trabalhar para Ele? Js 22:5; Lc 7:41-43; Jo 14:23; 2Co 5:12-18

Amor e obediência são inseparáveis, desde que ocorram nessa ordem. O verdadeiro amor a Deus sempre resultará em obediência à Sua vontade revelada, mas a obediência não levará necessariamente ao amor (embora isso possa acontecer). Se quisermos que as pessoas trabalhem para Jesus, devemos ajudá-las a desenvolver uma conexão amorosa com Ele.

Segunda-feiraMotivação pela culpa?

Ao longo dos séculos a culpa tem sido usada para motivar as pessoas à ação. Líderes de evangelismo muitas vezes têm nos lembrado de que Deus nos deu uma responsabilidade e que devemos usar nossos talentos e dons concedidos por Ele. Dizem que Deus e a igreja contam conosco. Se o Senhor fez tanto para nos salvar, como podemos permanecer inativos no aspecto evangelístico? Todas essas tentativas de nos chamar à ação, apresentadas, sem dúvida, com as melhores intenções, sutilmente apelam ao nosso senso de culpa e dívida para com Deus. Parece que a motivação sempre se torna prejudicial quando retira a ênfase do que Deus fez e a coloca no que devemos fazer.

3. Que padrão divino determina a culpa de todos os seres humanos? Por que Deus aponta nossa culpa? Rm 3:19, 20

A forma pela qual Paulo usa a palavra culpável nessa passagem comunica o sentido de responsabilidade. Ele declara em Romanos 3:10 que “não há nenhum justo, nem um sequer” (NVI).
A função da lei muitas vezes tem sido comparada a um espelho que revela nossa condição pecaminosa, mas que não pode prover o sabão e a água que nos limpam. Olhando para a lei de Deus, nos tornamos conscientes de nossa pecaminosidade e, ao mesmo tempo, somos atraídos para o Salvador a fim de receber dEle o perdão gratuito e a purificação.

Depois que vamos a Cristo, não mais somos motivados pelo sentimento de culpa porque a culpa é lavada, coberta pela justiça de Jesus. Agora, fundamentados na salvação, somos motivados a testemunhar aos outros sobre o que Cristo fez por nós.

4. Que princípio da lei confirma nossa culpa? Qual é o segredo para viver de acordo com a lei? Como explicar isso a um novo cristão? Tg 2:10; (ver também versos 8, 9)

O fato de que o pecado em um ponto torna a pessoa culpada de desafiar o Deus que ordenou toda a lei ressalta a inutilidade da tentativa de obter favor aos olhos de Deus através da observância da lei. A violação da lei, por menor que seja, revela um desejo subjacente de fazer nossa própria vontade, em lugar de obedecer a Deus.

Terça-feira

Motivados para servir
O que você pensaria de alguém que constante e ruidosamente declarasse estar motivado, mas não tentasse realizar nada? E quanto a alguém que dissesse ser dedicado, mas nunca revelasse a que, ou a quem, era dedicado? Como vimos, o amor é o mais poderoso fator de motivação, mas apenas declarar nosso amor, mesmo nosso amor por Deus, não significa nada, a menos que nossas ações estejam de acordo com esse amor. Em outras palavras, esperamos que o amor seja revelado através das ações. Nesse sentido o amor é uma palavra ativa, uma vez que se revela por meio de ações amorosas.

5. Que ações manifestaram o amor de Jesus? Como podemos revelar em nossa vida os princípios demonstrados por Ele? Jo 15:13; Rm 5:6-8

Que maravilhoso Salvador é esse que, deliberada e voluntariamente, deu a vida por causa de Seu grande amor por nós! Aqui está o maior exemplo do que a pessoa que ama é compelida a fazer por aqueles que são amados. E se Jesus afirmasse Seu amor por nós e permanecesse no Céu? E se Ele tivesse declarado Seu amor, mas não fizesse nenhuma promessa para nós nem suprisse nossas necessidades?

6. Que ação revela nosso amor a Deus? Como o Senhor confirma Seu relacionamento de amor conosco? Jo 14:21

Não estamos falando apenas de amor, estamos falando de um relacionamento amoroso. Em toda relação amorosa, nossa motivação é agradar a pessoa que é o objeto do nosso amor. O ato decisivo de salvação realizado por Jesus em nosso favor foi motivado unicamente por Seu amor pela humanidade, que havia quebrado sua ligação com Deus. Qualquer coisa que façamos para Deus que não proceda de um motivo similar sugere que nós realmente não entendemos o que é ter um relacionamento de amor com Deus. O Senhor não quer que nos envolvamos no testemunho e evangelismo porque pensamos que temos uma dívida para com Ele. Ao contrário, Ele deseja que nossa conexão com Ele seja tão intensa que nos motive a fazer o que Lhe agrada e a estar em sintonia com as coisas que são importantes para Ele. O Senhor deseja que O amemos tanto que alcancemos as pessoas a quem Ele ama.

Como podemos ter certeza de que fazemos as coisas para Deus com a motivação certa? Podemos ser uma bênção para os outros, mesmo agindo com os motivos errados? De que forma? Ações corretas por razões erradas acabam sendo boas ações? Comente com a classe.

Quarta-feiraA armadilha do legalismo
Há uma expressão em inglês que diz: “Não existe almoço grátis”. A ideia é de que, se você recebe algo gratuitamente, isso realmente não é gratuito porque em algum lugar, de alguma forma, em algum momento, você terá que pagar ou compensar. A teoria de que nada é realmente gratuito tem se infiltrado sutilmente no pensamento cristão, uma vez que muitos tentam ser merecedores da salvação por meio da obediência à vontade de Deus.

No vocabulário cristão a palavra legalismo descreve a atitude dos que acreditam que sua obediência a Deus, de alguma forma fará com que Ele os justifique. É claro que, embora a graça de Deus não negue Sua expectativa de obediência, a salvação é fundamentada unicamente nessa graça e em nada mais que façamos.

7. Que grande equívoco a respeito da salvação é tão predominante na mente das pessoas? Somos influenciados por esse tipo de pensamento? Por que é tão fácil ser envolvido por esse pensamento?
Rm 10:1-4:
Rm: 11:5, 6:
Gl 2:16:

Uma religião legalista faz com que o indivíduo se concentre no desempenho pessoal (e muitas vezes no desempenho dos outros) e não na comissão evangélica. Atitudes legalistas podem levar ao orgulho e à arrogância aqueles que são tão cegos que realmente se consideram santos o suficiente para ser salvos. Outra consequência muito ruim é que as atitudes legalistas podem levar ao desânimo e desespero os que percebem que estão muito longe do padrão divino. De toda maneira, essa é uma armadilha que precisa ser evitada, especialmente por uma igreja como a nossa, na qual a obediência à lei é tão importante para a compreensão do significado do evangelho.

8. Qual é a obra fundamental na vida do cristão? A verdade sobre essa obra reforça a verdade sobre a salvação pela fé? Você manifesta essa crença, especialmente quando ninguém está observando? Jo 6:28, 29

Quinta-feira
Livre para ser escravo

A Bíblia deixa claro que antes éramos escravos do pecado, mas por intermédio de Cristo, deixamos de ser escravos (Rm 6:6), fomos libertados (Gl 5:1), livrados da ira (1Ts 1:10), adotados (Rm 8:15) e regenerados (1Pe 1:23).

O obreiro eficaz para Deus é aquele que entregou a Ele o passado e aceitou Seu poder para operar no presente e no futuro. Em outras palavras, os que foram libertados por Cristo podem ser Seus escravos. Se não entendermos essa verdade, pode parecer estranho que a libertação leve à escravidão, mas isso é tão verdadeiro quanto os ditados: “Para estar cheios espiritualmente devemos nos esvaziar continuamente”, e “O caminho para a vitória é se entregar constantemente”.

9. O que Paulo, Timóteo, Tiago e Simão Pedro queriam dizer quando declararam que eram servos de Deus e de Jesus Cristo? Como devemos aplicar essa ideia em nossa vida? Fp 1:1; Tg 1:1; 2Pe 1:1

Normalmente, os servos ou escravos eram propriedade de um senhor, o qual os obrigava a trabalhar. Atuar pelo Mestre no sentido cristão é uma escolha totalmente voluntária. Deus nos ama demais para forçar nossa vontade. Quando Timóteo, Tiago e Simão Pedro usaram essas palavras estavam indicando sua completa identificação com Cristo e com Sua causa. Eles estavam afirmando seu serviço inteiramente para Ele como seu Senhor. Estavam renunciando à sua presunção a fim de que os outros olhassem somente para Jesus. Nessa descrição da escravidão vemos dedicados seguidores prometendo lealdade e devoção através do serviço altruísta.

10. De que tipo de escravidão precisamos ser libertados? Qual é o caminho para a liberdade? Job 8:34-36

Os ouvintes de Jesus sabiam muito bem que os escravos não tinham nenhuma garantia. Eles poderiam ser vendidos ao capricho do seu dono, enquanto o filho do senhor estava sempre garantido no lar. Jesus usou a situação contemporânea dos escravos para transmitir uma importante verdade espiritual. Se o Filho de Deus o tornar espiritualmente livre da escravidão do pecado, você estará realmente livre. Seria incomum que escravos libertados se colocassem voluntariamente de volta na escravidão no sentido literal; mas, espiritualmente, isso é o que acontece quando somos libertados da escravidão do pecado e nos tornamos escravos de Cristo (Rm 6:17, 18). Se estamos livres das coisas que fazem com que nos concentremos em nós mesmos, estamos livres para considerar os outros e o que podemos fazer para beneficiá-los. Nisso reside a chave para uma vida de serviço.

Sexta-feira Estudo adicional
Assim como qualquer bom veículo automotivo acaba quebrando, como resultado da falta de manutenção regular, muitos valiosos ministérios da igreja são negligenciados por causa da falta de manutenção planejada e regular.

Para que seu ministério se mantenha sadio e no caminho certo, considere a seguinte lista de verificação de continuidade: (1) Mantenha sua ligação pessoal com Cristo. Lembre-se sempre de que você está em um ministério de parceria com o Senhor. (2) Mantenha sua visão pessoal. Você ainda sente a importância de seu ministério? Seus objetivos são tão claros e fortes como quando você começou a se envolver com esse ministério? (3) Mantenha sua comunicação. Relatórios constantes são importantes para assegurar apoio contínuo. As pessoas estão ocupadas, e precisam ser lembradas de como esse ministério está se desenvolvendo e também de como podem se envolver. (4) Mantenha seu entusiasmo. É verdadeiro o ditado que diz: “Nada produz tanto entusiasmo quanto o entusiasmo.”

Demonstre seu entusiasmo contínuo acerca de seu ministério e os outros também ficarão animados. (5) Mantenha seu foco. Não se desvie com outros deveres ou programas que o impedirão de dedicar o tempo e a energia de que seu ministério atual necessita para sobreviver e crescer.

Perguntas para reflexão
1. Que ideias a citação a seguir apresenta sobre a relação entre amor a Deus e serviço para Ele? “Cristão alerta é o cristão que trabalha, buscando zelosamente fazer tudo que está em suas forças para o avançamento do evangelho. À proporção que aumenta seu amor pelo Redentor, também aumenta o amor por seus semelhantes” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 261).
2. “Os que nunca experimentaram o amor terno e cativante de Cristo não podem guiar outros à fonte da vida. Seu amor no coração é um poder que constrange e que leva os homens a revelá-Lo na conversação, no espírito misericordioso e terno, no reerguimento da vida daqueles com quem se associam. ” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 550, 551). Peça que os alunos compartilhem suas próprias experiências com o amor de Deus e a forma pela qual chegaram ao conhecimento desse amor.

Respostas sugestivas: 1. O medo produz tormento; aquele que teme não é aperfeiçoado no amor; o perfeito amor lança fora o medo; no amor não existe medo. 2. Deus nos ama e nos perdoa em Cristo; o amor de Cristo nos constrange; Jesus morreu e ressuscitou por nós, para que vivamos para Ele. 3. A lei; Deus aponta nossa culpa diante da lei para mostrar que somente por Sua graça e amor podemos ser justificados. 4. Somos culpados se guardamos a lei, mas tropeçamos em um dos mandamentos; o segredo é amar o próximo, sem acepção de pessoas. 5. Deu a vida em favor dos amigos; morreu por nós quando éramos fracos e pecadores; devemos dedicar a vida para salvar os pecadores. 6. Guardar Seus mandamentos; Jesus Se manifesta na vida da pessoa que O ama. 7. Rejeitar a justiça mediante a fé e tentar estabelecer a própria justiça, com base nas obras; o orgulhoso tenta pagar pela salvação. 8. Crer em Jesus Cristo; a obra que Deus produz em nós é a fé na salvação que Ele realizou; nossas ações manifestam essa obra divina. 9. Os escravos eram comprados para obedecer a um senhor; o cristão foi comprado por sangue e dedica a vida ao serviço do Senhor. 10. A escravidão do pecado; o Filho de Deus pode dar a verdadeira liberdade.