sexta-feira, 6 de julho de 2012

INTRODUÇAO GERAL AO ESTUDO DAS EPÍSTOLAS

1ª Lição.
Introdução:
As 21 epístolas do NT foram escritas por cinco autores; o mais prolífero deles e o que nos interessa neste estudo, é o apóstolo Paulo. De sua pena procedem 14 cartas, dois terços do total. Elas contêm a essência doutrinal do cristianismo, daí a importância de seu estudo. A igreja cristã não pode prescindir de nenhuma delas.

CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DAS EPÍSTOLAS
1. Existe uma harmonia essencial entre as epístolas e os livros históricos do Novo Testamento.
Os ensinos de Jesus, registados nos evangelhos, e as pregações apostólicas, conservadas em Atos dos Apóstolos, constituem as sementes doutrinárias, que se enraízam, crescem e frutificam nas epístolas. Uma única Mente, divina e infinita, moveu os autores do Novo Testamento. As epístolas não apenas apresentam uma complementação maravilhosa, mas a ausência de contradições. Elas falam de uma mesma fonte de Inspiração: “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1:21).

2. A Sua forma de redação é epistolar
Enquanto os profetas do Antigo Testamento entregavam as suas mensagens em forma de oráculos, cheios de advertências acerca dos juízos de Deus, os apóstolos recorreram ao género epistolar, ou seja, cartas compostas conforme o estilo da época. Talvez fosse esse o estilo que melhor se prestava para ensinar, corrigir problemas concretos, expressar sentimentos e elaborar planos de ação. Os autores estavam conscientes da forma com que escreviam.
Os discursos registados em Atos dos Apóstolos, com poucas excepções, foram dirigidos a pessoas não cristãs. Por outro lado, as epístolas são enviadas a cristãos, seja a igrejas organizadas ou mensageiros da Palavra.
Ao escrever as cartas, os apóstolos expressavam a plenitude das suas explicações e podiam extravasar-se em sentimentos próprios do género epistolar.
Os tratados sistemáticos, como os que escreveram os retóricos e filósofos dessa época, não teriam conseguido fazer a obra que realizaram as cartas familiares e flexíveis. Nelas os apóstolos não trataram de itens imaginários, mas casos reais, erros ou tendências como os que surgiram nas igrejas.
Os apóstolos escreveram acerca de incompreensões e perversões da verdade, dificuldades que surgiram no trato com os pagãos, abusos que se efectuavam no culto e nas práticas da vida, questões e tendências da mente humana que haviam de se apresentar na igreja de Deus, e muito mais.

3. Estão intimamente relacionadas com o Antigo Testamento
São abundantes no conteúdo das epístolas, citações e expressões dos profetas do AT. Pelo menos duzentas e cinquenta referências textuais e outras tantas alusões entrelaçam harmonicamente as duas porções das Sagradas Escrituras. Isaías, Oseias, Salmos, Habacuque, Levítico, etc., aparecem frequentemente nos escritos de Paulo. Não é exagero afirmar que as epístolas estão saturadas do espírito e pensamento e às vezes das palavras do AT. Os Testamentos não foram revelações independentes e não se pode descartar um sem debilitar o outro.

4. Apresentam unidade doutrinária em seus conteúdos
Em todos os autores das epístolas encontramos um mesmo tema recorrente: Cristo como Salvador do homem, ou, em outras palavras, a salvação mediante Jesus Cristo. Revelam o bendito efeito da morte expiatória de Cristo e Sua ressurreição triunfante.
Descrevem também a origem da igreja, sua unidade, suas relações, sua condição, deveres e destino. Desvendam o fato assombroso de que os cristãos são chamados à imortalidade no glorioso destino que lhes espera quando terminar a história de pecado neste mundo.
Acima de tudo, não são revelações independentes. Estão na mais estreita relação com as revelações inspiradas anteriores.

5. São Didácticas
Destinadas a “ensinar... redarguir... corrigir... instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm 3:16, 17, RC).
Os estilos, vocabulários e construções gramaticais diferem entre si, denotando as modalidades individuais, porém a doutrina se mantém invariável. Unidade na variedade tem sido sempre o método do trabalho divino e há-de ser visto também enos mensageiros.

6. São similares na apresentação
Têm início com uma introdução ou preâmbulo, em que aparece o nome do autor, seus companheiros (embora nem sempre), e os daqueles a quem se dirigem geralmente em forma global.
Segue-se o corpo doutrinal, onde a verdade que se quer ensinar é apresentada e ilustrada.
Terminam com uma conclusão característica. Algumas vezes com notícias pessoais, outras com recomendações em favor do portador, saudações e uma bênção final.

LIÇÃO 1 – O Evangelho chega a Tessalónica

A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

Inicialmente, vamos relembrar, de forma rápida, o itinerário de Paulo na sua segunda viagem missionária e a entrada do evangelho na Europa. Observe que os labores do apóstolo na Ásia Menor são reduzidos, porque o Espírito Santo o impulsionou para a Europa, cenário das maiores realizações evangélicas de sua segunda viagem (anos 49 a 52).

1. Partida - Atos 15:36-41
No mesmo ano do Concílio de Jerusalém (49 d.C.), Paulo e Barnabé, decidiram visitar as igrejas que haviam constituído cerca de quatro anos antes, em Chipre, Panfília, Pisídia e região da Galácia.

Paulo não aceitou a proposta de Barnabé para levar com eles o jovem João Marcos. A discussão foi acalorada a ponto de se separarem. Barnabé viajou para Chipre com seu sobrinho e Paulo, acompanhado por Silas, atravessou a Síria e Cilícia. Este distanciamento dos dois grandes evangelistas foi transitório. Posteriormente, Paulo mudou seu conceito acerca de João Marcos (veja Cl 4:10; 2Tm 4:11).

2. Itinerário até Tróade - Atos 16:1-10
O trajeto para Derbe foi bastante difícil. Deveriam iniciar a travessia dos montes Tauros pelas “portas da Cilícia”. Transpostos esses montes, seguiram pela vasta planície da Licaonia, provavelmente inundada nessa época do ano (aceita-se que tenha sido na primavera de 49), e transformada em um grande pântano. Não menos de 10 dias eles devem ter gasto na viagem entre Tarso e Derbe.
Em Listra, Paulo voltou a se encontrar com Timóteo, que decidiu dedicar-se ao ministério.

3. Outras localidades visitadas:
a. Frígia – uma região não bem definida na Ásia Menor Ocidental, de limites mais raciais que políticos. As cidades de Colossos e Laodiceia, sobre o rio Lico, formavam parte da Frígia.

b. Galácia – originalmente uma região pequena ocupada por gauleses vindos da Europa no século III a.C. Mais tarde, teve seus limites ampliados ao unir-se a Roma, e se tornar, finalmente, uma província romana (25 a.C.). É provável que, nessa visita, Paulo tenha padecido da enfermidade mencionada em Gálatas 4:13-15 (talvez uma infecção ocular).

c. Ásia – era uma província romana, com capital em Éfeso. O Espírito Santo não permitiu que pregassem ali. Tampouco em Mísia (região no extremo noroeste da Ásia Menor nas margens do estreito de Dardanelos). A intenção dos pregadores era visitar a Bitínia (província situada no litoral sul do Mar Negro, incluía cidades como Niceia e Nicomédia), no que também foram impedidos pelo “Espírito de Jesus”.

d. Assim, chegaram ao porto de Tróade (v. 8), colónia romana, cidade livre e porto da Mísia, no mar Egeu, frente à Europa. Ali Paulo teve a visão do jovem macedónio, que o chamava imperativamente à Macedónia.

A partir de Atos 16:10, Lucas se une ao grupo, como indica o uso da primeira pessoa do plural empregada até à chegada a Filipos.
É claro que, naquela época, não havia uma linha separando a Ásia da Europa. Os missionários que navegavam pelo norte do mar Egeu só tinham consciência de estar viajando de uma província para outra, e não de um continente para outro, já que ambos os lados do mar Egeu pertenciam ao Império Romano. Campbell Morgan afirma: “A invasão da Europa certamente não estava na mente de Paulo, mas, evidentemente, estava na mente do Espírito.” A evangelização da Europa começou quando Paulo pisou na terra que hoje é a faixa longa e estreita do nordeste da Grécia.


OS PREGADORES PAGAM UM PREÇO

1. A obra em Filipos – Atos 16:12-40

Durante a navegação de Trôade a Neápolis não houve inconvenientes. Os 230 quilómetros que separam ambas as povoações foram percorridos em dois dias, passando pela ilha de Samotrácia, no Egeu (mar que separa a Grécia da Ásia Menor) mais ou menos na metade do caminho.

Neápolis, localizada na Trácia, era porto de Filipos, devido a sua proximidade (15 km). Filipos não era a capital da Macedónia, porém, uma povoação de importância. Antigamente, chamava-se Krenides (lugar de pequenos mananciais), porém tomou seu nome depois da reconstrução realizada por Filipe II, no século IV a.C. Mais tarde, foi transformada em colónia romana e teve seus direitos ampliados, transformando-se em verdadeira extensão da cultura imperial romana.
Em Filipos, iniciaram-se os labores evangelísticos do apóstolo Paulo na Europa.

2. Incidentes que mais se destacam do trabalho em Filipos:

a. A conversão de Lídia, mulher de Tiatira, que se dedicava ao comércio de púrpura, provavelmente viúva. Ela aceitou o evangelho, e com ela, sua família. Sua casa se abriu para receber os mensageiros do Senhor, embora pareça não ter sido fácil convencê-los, a julgar pela expressão de Atos 16:15: “... nos constrangeu a isso”.

b. Uma escrava possessa. Literalmente, ela possuía “um espírito de píton”. Uma referência à serpente da mitologia que vigiava o templo de Apolo e o oráculo de Delfos. Por meio da adivinhação, essa pitonisa propiciava lucro e alimentava a ganância de seus senhores. Foi utilizada por Satanás para estorvar o trabalho da equipe evangelística. Por vários dias, ela os acompanhou gritando: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo” (At 16:17). Talvez o motivo final fosse lançar descrédito sobre o evangelho, associando-o ao ocultismo na mente das pessoas.

Finalmente, Paulo, perturbado por essa cotidiana interferência, ordenou ao espírito que a abandonasse.
c. Encarceramento dos discípulos. F. F. Bruce comenta: “Quando Paulo exorcizou o espírito que a possuía, exorcizou também a fonte de renda deles.” Os exploradores da jovem adivinha promoveram habilmente um tumulto de grandes proporções. Levaram Paulo e Silas ao fórum e, diante de uma multidão agitada e de juízes desorientados, foram acusados. Os juízes decidiram atuar com presteza deixando de lado as instâncias correspondentes a um processo judicial. Rasgaram as roupas dos pregadores, que foram açoitados barbaramente e lançados numa cela interior, presos ao cepo, com recomendações de total vigilância por parte do carcereiro.

“Os pregadores pagam um preço.”

d. A libertação. A partir de então, os acontecimentos se sucederam rapidamente. Os juízes que haviam retornado a suas casas, felicitando-se pela grande capacidade de dissolver os distúrbios, logo se viram confrontados com evidências tais, que compreenderam a injustiça que haviam cometido.

A atitude de Paulo e Silas em sua dolorosa situação impressionou completamente o carcereiro e os demais presos. Ellen G. White afirma: “Todo o Céu estava interessado nos homens que estavam sofrendo por amor a Cristo, e anjos foram enviados a visitar o cárcere. Aos seus passos a Terra tremeu. As pesadas portas do cárcere se abriram de par em par; as cadeias e grilhões caíram das mãos e pés dos presos, e uma brilhante luz inundou a prisão” (Atos dos Apóstolos, 215).

e. Fatos posteriores. O carcereiro, recuperado das fortes emoções que o haviam transtornado e quase o levaram ao suicídio, “com profunda humildade pediu que lhe mostrassem o caminho da vida [...]. Uma influência santificadora se difundiu entre os presos e todos estavam dispostos a escutar as verdades expostas pelos apóstolos” (Atos dos Apóstolos, 217).

Os líderes da cidade receberam as informações já bem cedo, naquela manhã, e decidiram libertar de imediato os presos. Porém, “Paulo e Silas haviam sido encarcerados publicamente e se negaram a ser postos em liberdade secretamente, sem a devida explicação por parte dos magistrados”. Estes, profundamente alarmados, sobretudo ao serem informados de que os presos eram cidadãos romanos, dirigiram-se pessoalmente ao cárcere, apresentaram suas desculpas e rogaram que Paulo e Silas saíssem da cidade. Feitos os arranjos necessários, os apóstolos concordaram. Despedindo-se dos irmãos, partiram.


Apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, Paulo e Silas receberam a força do Senhor para pregar o evangelho em Tessalónica. Calvino se referiu à “invencível coragem mental e perseverança infatigável da cruz.”

A ESTRATÉGIA DE PREGAÇÃO DE PAULO
Paulo, o missionário, tinha como estratégia proclamar a mensagem nos grandes centros, fazer uso das sinagogas, usar as profecias do Antigo Testamento como base de sua abordagem, tentando mostrar aos ouvintes uma nova imagem do Messias. O emprego dessa estratégia fica tão evidente em Tessalónica como em qualquer outra parte.

“Por três sábados consecutivos, Paulo pregou aos tessalonicenses, arrazoando com eles sobre as Escrituras, a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mostrou-lhes que a expectativa dos judeus relacionada com o Messias não estava de acordo com a profecia, pois essa anunciava um Salvador vindo em humildade e pobreza, e que seria rejeitado, desprezado e morto” (Ellen G. White, Redemption: or the Teachings of Paul and His Mission to the Gentiles [Redenção: ou os Ensinos de Paulo e Sua Missão aos Gentios], p. 44).


As Duas Visões do Messias.
Escreve o Dr. Raoul Dederen: “Duas linhas de predições dizem como seria a vinda do Filho: Ele devia vir como Salvador do pecado, conforme prefigurado nos sacrifícios do AT (Gn 4:3, 4; Lv 1:3-9), anunciado pelos profetas (Is 52:13, 14; 53:3-6; Dn 9:26), e como Rei de Seu reino (Sl 2; Jr 23:5, 6). A ideia de servo desempenha papel importante na compreensão do NT sobre a obra e a missão de Jesus. Essa ideia vem diretamente de quatro canções de Isaías conhecidas como “canções do servo” (Is 42:1-4; 49:1-6; 50:4-9; 52:13–53:12). Jesus fez uma citação direta de Isaías 53:12, atestando a Sua consciência de que a figura veterotestamentária do servo estava a cumpri-se nEle (Lc 22:37)” (Tratado Teológico Adventista, p. 191).

Outro profeta, Jeremias fala de um “Renovo Justo”. Mesmo que a “árvore” da família de Davi tivesse sido cortada, um “renovo” cresceria e se tornaria o Rei da nação. Esse rei seria reto e governaria com justiça. O nome dele é “Jeová Tsidkenu” – “Senhor, Justiça nossa”. Esse nome exaltado aplica-se somente a Jesus Cristo (2Co 5:21). Quando depositamos a nossa fé em Cristo, a justiça d´Ele nos é imputada (contrário de amputada), e somos declarados justos diante de Deus. É nisso que consiste ser “justificado pela fé” (Rm 3:21–5:11; Wiersbe, v. 4, 141).

SOFRIMENTO ANTES DA GLÓRIA
Em determinado momento de Seu ministério, Jesus começou a combinar dois conceitos bíblicos, aparentemente incompatíveis: o Filho do Homem exaltado e majestoso de Daniel 7:13 e o Servo sofredor de Isaías 53. Quando Cristo afirmou que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate...” (Mc 10:45), os judeus que esperavam um Messias político se decepcionaram. Não entenderam corretamente o alcance dessas profecias. Insistiram em permanecer com a expectativa e o foco na chegada de um Messias guerreiro, libertador. Esse líder político-militar deveria libertá-los do jugo romano. Várias vezes quiseram alçar Jesus ao poder, como líder guerreiro, contra Roma. Tudo porque desprezaram o aspecto sofredor do Servo de Deus, como anunciado nas profecias do AT.

Por outro lado, para Cristo o verdadeiro significado de “servir”, era “dar a Sua vida em resgate”. Toda a missão do Salvador está contida nessas palavras. Em realidade, Jesus estava dizendo que o Filho do Homem, antes devia vir como Servo. Ele uniu em Sua Pessoa os dois grupos de profecias messiânicas. O “Filho do Homem” nesse momento era o Servo. Nenhum Rabi jamais fez isso. Aqui está o gênio de Jesus Cristo. Ele compreendeu muito bem toda a Sua missão presente de sofredor, sem negar Sua missão futura de Juiz, exaltado e glorioso.

Paulo entendeu de maneira clara essa verdade bíblica e a expôs poderosamente em sua abordagem aos tessalonicenses. A matéria apresentada nas lições de terça e quarta é bastante esclarecedora. Trata do fato de que o Messias deveria vir como “Servo sofredor, Homem de dores” (Is 53) antes de Se manifestar em glória. Isaías 53 foi a chave para o papel do Messias. Paulo se empenhava em anunciar Jesus. Ele identificou o Jesus da história com o Cristo das Escrituras.

A interpretação messiânica de Isaías 53 teve o apoio dos rabinos até o século XII. Depois disso, estudiosos judeus começaram a interpretar a passagem como uma descrição dos sofrimentos de Israel como nação. Porém, como Israel poderia ter morrido por seus próprios pecados (v. 8)? Israel nunca foi inocente de pecado, e dessa forma, jamais poderia ser condenado injustamente (v. 9). O profeta escreveu sobre um indivíduo inocente, não sobre uma nação culpada. Deixou bem claro que esse inocente morreu pelo pecado para que os culpados pudessem ser libertos.

O Servo que Isaías descreve é o Messias. O Novo Testamento, que apresenta mais citações ou alusões a Isaías 53 do que a qualquer outro capítulo do Antigo Testamento, afirma que esse Messias-Servo é Jesus de Nazaré, o Filho de Deus (Wiersbe).

Este magnífico cântico de quinze versículos, divididos em cinco estrofes de três versos, é a “Canção do Servo”. Cada uma dessas estrofes revela uma importante verdade sobre o Servo e sobre o que Ele fez por nós. Escreveu o estudioso do Antigo Testamento, Dr. Kyle Yates: “Essas cinco estrofes incomparáveis são o Monte Everest da profecia messiânica”. Assim como essa montanha, Isaías 53 se destaca pela beleza e grandiosidade das suas palavras, e tudo porque revela Jesus Cristo e leva-nos ao Calvário, o Everest de nossa salvação.

Nasce uma Igreja
Os que têm hoje a desafiadora missão de plantar igrejas devem aprender com o apóstolo dos gentios estratégias para isso. A maioria dos convertidos em Tessalónica deve ter sido de gentios, até mesmo idólatras pagãos. Mesmo assim, Lucas se concentra em sua missão aos judeus, que durou apenas três semanas. Alguns deles, talvez, tivessem deixado suas sinagogas para se juntarem a uma igreja cristã. Lucas descreve as diversas respostas ao ministério de Paulo. Muitos creram, pois seu evangelho “chegou em poder”. Os convertidos afluíam de quatro seções da comunidade: judeus, gregos, tementes a Deus e mulheres distintas. Entre eles estavam Aristarco e Secundo, que mais tarde se tornaram companheiros de viagem de Paulo, e até, no caso de Aristarco, seu companheiro na prisão (At 20:4; 27:2).

Paulo era mais que apenas um pastor. Era pioneiro, sempre com os olhos em novos campos a conquistar. Como plantador de igrejas, Paulo estava disposto a deixar para outros a tarefa de regá-las (1Co 3:6). Estava muito mais interessado em desbravar novos territórios (Rm 15:20).

Foi através desses homens singularmente qualificados, que Jesus continuou a realizar Sua obra e ensinar, para estabelecimento da igreja cristã no primeiro século. Hoje, igualmente, Ele necessita de homens e mulheres semelhantes para o término da evangelização do mundo no século 21.

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