terça-feira, 22 de maio de 2012

Preparação para Evangelizar e Testemunhar

Escola Sabatina, 8ª Lição
Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Disse Jesus: ‘Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens’” (Mt 4:19, NVI).
Leituras da semana: Mt 4:19; 11:1-11; 10:1-14; 1Pe 5:8; 2Pe 3:9
Pensamento-chave: Por mais importante que seja o treinamento adequado, precisamos primeiramente estar fundamentados em nosso relacionamento com Jesus, para que estejamos “devidamente habilitados” para testemunhar com eficácia em favor de nossa fé.

É muito improvável que uma pessoa que não tem certeza pessoal da salvação seja capaz de conduzir outra a um relacionamento íntimo e salvífico com Jesus (embora isso aconteça). Eles podem ser capazes de convencer os outros a acreditar em algumas doutrinas da Bíblia e em alguns fatos, datas bíblicas e gráficos. Tais convicções e crenças podem até mesmo levar as pessoas a fazer mudanças significativas no estilo de vida. No entanto, visto que boas ações podem ser realizadas à parte de Jesus Cristo, é imperativo que todo treinamento para testemunho e evangelismo enfatize os aspectos doutrinários e espirituais. Para ser um verdadeiro evangelista, é preciso ter uma firme compreensão e experiência do “evangelho eterno” (Ap 14:6). É esse evangelho que finalmente produz crença, confissão, conversão, certeza e discipulado.
Nesta semana veremos que preparar as pessoas para evangelizar e testemunhar de modo espiritual e habilidoso é, de fato, um princípio bíblico. Veremos também que precisamos incentivar as pessoas a tornar isso uma realidade em sua igreja local.

Domingo

Necessidade de treinamento

Em Mateus 9:37, Jesus disse aos discípulos que a colheita era grande, mas os trabalhadores eram poucos. Hoje, a colheita é infinitamente maior e os trabalhadores ainda são relativamente poucos. Há grande necessidade de se enviar para a colheita trabalhadores bem treinados e preparados. Embora seja sempre verdade que a influência do Espírito Santo é o principal fator no sucesso do testemunho e do evangelismo, ainda assim, é importante que aqueles a quem Deus chama para o serviço sejam treinados por meio de instrução formal, observação e participação. De acordo com Efésios 4:11, 12, deve haver um esforço determinado que capacite as pessoas para os muitos e variados aspectos do ministério e do serviço. Eu faço tu vês, Tu fazes outro vê.

Deus prometeu abençoar os líderes com certos dons que os ajudarão a atuar como instrutores para o ministério. No entanto, não é demais enfatizar o fato de que os evangelistas, pastores e professores não estão seguindo as orientações bíblicas se estiverem fazendo todo o trabalho sozinhos e não estiverem preparando outros para o serviço. Todos que estão se preparando para a obra do testemunho e evangelismo devem ser levados à forte convicção de que é realmente a vontade de Deus que o mundo seja salvo do pecado, de que a obra designada por Deus para a igreja é alcançar o mundo perdido e de que é a vontade de Deus que Sua igreja cresça no mundo.

1. O que significa o fato de que a primeira ordem de Jesus apresentada na Bíblia são as palavras “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens”? O que essas palavras significam para nós, com nossa compreensão das mensagens dos três anjos? Temos nos dedicado mais a “pescar homens” ou a “cuidar dos nossos barcos”? Mt 4:19; Mc 1:17; Mt 28:19

É significativo que Jesus não tenha chamado os discípulos para ser pescadores de homens. Ele não disse: “Sigam-Me, e sejam pescadores de homens”. Ele disse: “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens”. Logo no início de sua associação formal com Jesus, esses homens compreenderam que estavam entrando em um treinamento importante. Jesus os chamou a um ambiente de aprendizagem no qual seriam treinados para a tarefa à qual Ele os havia chamado. Os discípulos aprenderiam muito através da observação e prática. Somente quando eles tivessem aprendido, no contexto local, o que e como fazer, Jesus apresentaria a eles uma missão mundial. Sem a devida instrução, treinamento e desenvolvimento espiritual pessoal dos obreiros, a tarefa de levar o evangelho à nossa vizinhança pareceria impossível.

Segunda-feira

Aprendendo pela observação

Existem dois aspectos da aprendizagem para os que desejam servir ao Senhor, e um leva ao outro. O primeiro aspecto é aprender a conhecer Jesus. O segundo é aprender a compartilhá-Lo e apresentar o que Ele oferece à humanidade decaída.

2. Que coisas os discípulos observaram na multiplicação dos pães e peixes para as cinco mil pessoas? Que lições essa experiência trouxe para seu futuro ministério? Considere também aspectos que não estejam especificamente mencionados nos relatos dos evangelhos. Mt 14:13-21; Mc 6:30-44; Lc 9:10-17; Jo 6:1-14; Leia também Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 364-371.

Como deve ter sido emocionante não apenas ouvir o maior Pregador, mas também observar Sua apresentação enquanto Ele pregava sobre o reino de Deus (Lc 9:11), de maneira que os corações desejassem o reino da graça!
O princípio da aprendizagem através da observação é aplicável a todos. A aprendizagem por meio dos livros ou das instruções faladas deve ser sempre desenvolvida por meio de observação e envolvimento. Jesus esperava que os discípulos de João Batista aprendessem com o que haviam observado.

3. O que os discípulos de João Batista haviam observado e o que Jesus esperava que eles dissessem a João como resultado de suas observações? Que lição Jesus ensinou não apenas a João, mas também aos Seus discípulos? Mt 11:1-11

João Batista anteriormente havia apresentado Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Entretanto, quando João foi preso e não mais teve oportunidade de pregar, Ele ouvia apenas relatos de segunda mão acerca do ministério de Jesus. Parece que sua experiência na prisão fez com que surgissem dúvidas em sua mente a respeito de Cristo. Quando surgem dúvidas, devemos ir a Jesus, e foi exatamente isso que João fez. Jesus enviou os discípulos de João de volta para dizer a ele o que tinham visto e ouvido. Assim como o relatório deles encorajou João, imaginamos como as coisas que eles tinham visto devem ter influenciado seu próprio testemunho e ministério evangelístico.

Na maioria dos casos, não podemos realizar os milagres operados por Jesus. Porém, com a disposição de morrer para o eu e viver para os outros, o que podemos fazer em nossa própria esfera que reflita a obra que Jesus fez aqui na Terra?

Terça-feira
Aprender fazendo

Não importa quantos livros uma pessoa leia sobre seu esporte favorito e não importa quantos jogos sejam assistidos. Se alguém quiser ser um jogador, terá que colocar os equipamentos e sair a campo. Chamamos isso de experiência prática, aprender fazendo, e sem isso a pessoa simplesmente não está preparada para a tarefa. Essa verdade universal se aplica igualmente ao testemunho e ao evangelismo do cristão. Às vezes, ouvimos pessoas dizerem que não querem se envolver porque não estão completamente preparadas. Elas precisam entender que a participação ativa é parte vital da preparação. Começar pequeno, passo a passo, crescendo continuamente, é o caminho a percorrer. À medida que o Espírito Santo nos guia, crescem nossas habilidades, experiência e confiança.

4. Jesus preparou Seus discípulos e depois os enviou. Por mais diferente que seja nossa situação hoje, o que podemos aprender com o fato de que Jesus os enviou, significando que isso era parte de seu treinamento? Mt 10:1-14

Jesus ensinou os discípulos “na sala de aula”, por assim dizer. Também os levou ao campo onde eles aprenderam observando o que Ele fazia. Depois que Cristo os havia capacitado com poder para curar os enfermos, ressuscitar os mortos e expulsar os demónios (v. 8), Ele os enviou sozinhos. Contudo, note a quantidade de instrução que Ele deu quando os enviou. Jesus os instruiu sobre o que pregar, que milagres realizar, o que não levar com eles, com quem se hospedar e quando abandonar um infrutífero campo de trabalho. Seguramente, podemos imaginar que eles receberam outras instruções também. Todavia, muitas lições importantes só seriam aprendidas com essa interação prática. Essa passagem mostra o treinamento prático em sua melhor forma. Eles não podiam ministrar àqueles com quem não entrassem em contato. Esse é um ponto que nunca devemos esquecer.

5. Que semelhanças existem entre as instruções que Jesus deu aos doze e aos setenta? Que princípios podemos aprender a partir de Suas instruções para aplicar em nosso trabalho? Lc 10:1-11

Embora inicialmente Jesus tivesse enviado os setenta a lugares a que Ele mesmo pretendia ir em breve (v. 1), o Senhor sabia o que os discípulos e outros missionários enfrentariam ao tentar espalhar o evangelho depois de Sua ascensão, quando tivessem que lutar sozinhos. As instruções dadas aos setenta discípulos quando eles foram enviados indica que Jesus os estava preparando para os desafios futuros.

Quarta-feiraAprendendo com as falhas

Às vezes podemos falhar em alcançar todos os alvos estabelecidos para uma atividade evangelística específica. Isso significaria que fracassamos totalmente? Claro que não! Independentemente da estratégia empregada, teremos vitórias e derrotas. Por exemplo, se não conseguimos alcançar os alvos estabelecidos para o batismo, podemos ter colocado alvos inalcançáveis, ou essa atividade pode ter sido mais um projeto de semeadura do que um programa de colheita. Em resumo, por mais que pensemos que o campo está pronto para a colheita, ainda pode ser apenas a época de semeadura. Nem sempre temos condições de saber.

6. Que poder trabalha para prejudicar suas tentativas de ganhar pessoas para Deus? Como a consciência dessa ameaça nos ajuda a preparar e executar com mais eficácia as estratégias de evangelismo e testemunho? 1Pe 5:8

Em todas as nossas tentativas de ganhar pessoas para Cristo, enfrentamos um inimigo sobrenatural, muito ativo em influenciá-las contra o evangelho. Às vezes, quando soltamos a mão do Senhor, o mal pode causar alguns problemas aos nossos esforços no trabalho de Deus.
Assim como aconteceu com Adão e Eva no Jardim do Éden, as falhas podem, às vezes, nos levar a entrar no jogo da culpa, uma das ferramentas mais bem-sucedidas de Satanás para trazer desarmonia entre o povo de Deus. Em vez de procurar pessoas e lançar sobre elas a culpa, seria melhor fazer uma avaliação séria, honesta e profunda, lembrando que até mesmo Jesus, o maior pregador/evangelista, não ganhou todas as pessoas a quem Ele apelou.

7. O que os discípulos fizeram quando se depararam com falhas em seu ministério? Compare Lc 10:17 com Mt 17:14-20
Embora eles tivessem recebido o poder sobre os espíritos malignos e de fato tivessem sido bem-sucedidos em expulsá-los, é evidente que às vezes eles não conseguiram cumprir a missão para a qual Jesus os tinha capacitado. Em tais ocasiões, eles foram a Cristo e Lhe pediram que explicasse o que estava acontecendo e por quê (Mt 17:19). Levar ao Senhor as situações enfrentadas em nosso evangelismo e testemunho é uma parte importante do nosso esforço para entender as razões do fracasso e as formas de fazer o trabalho com mais sucesso.

Quinta-feira
Há duas áreas em que podemos aprender com o sucesso. Existe a área que pode ser chamada de prática, ou de procedimentos, e a área que pode ser chamada de cooperação espiritual. Embora se possa argumentar corretamente que há um aspecto espiritual em ambas as áreas, lidaremos com elas separadamente, a fim de destacar melhor o que pode ser aprendido com sucesso.

Na área prática, ou de procedimentos, aprendemos com o que realmente fazemos. Por exemplo, aprendemos a sequência mais aceitável na qual devemos apresentar os estudos bíblicos em nossa região. Aprendemos qual é o melhor local para as reuniões, que tipo de publicidade atrai mais pessoas e uma série de outras escolhas práticas e de procedimentos que melhor se adaptam ao nosso território específico.

Cooperação espiritual é a ênfase no fato de que Deus está intensamente envolvido no testemunho e evangelismo do cristão. Afinal, é a vontade de Deus que todos sejam salvos.

8. Que propósito divino devemos ter em mente nas nossas atividades de testemunho? Que ações divinas e humanas asseguram o testemunho? Deixar de suplicar essas bênçãos pode prejudicar nosso esforço? 2Pe 3:9; 1Co 3:6

Não adianta plantar se ninguém regar a semente. Da mesma forma, não adianta regar se você não colocar a água onde as sementes estão plantadas. E mesmo que o semeador e o que rega façam tudo corretamente, ainda assim não haverá crescimento, a menos que Deus o conceda. Quando vemos a bênção de Deus trazendo sucesso aos nossos humildes esforços, aprendemos até que ponto Deus está e deseja estar envolvido em nossos esforços. Aprendemos a confiar mais n´Ele. Aprendemos a importância de uma estreita cooperação espiritual com Deus, à medida que nos esforçamos para alcançar as pessoas por quem Cristo morreu, porque, entre as pessoas a quem você testemunha, não há nenhuma por quem Cristo não tenha morrido e a quem Ele não deseje salvar. É muito importante nunca esquecer essa verdade fundamental.

9. Sentimos a necessidade real e prática da participação de Jesus em nosso ministério de evangelismo e testemunho? Como podemos, individualmente ou como equipe missionária, experimentar verdadeiramente a dependência de Cristo? O que precisamos mudar para ter esse tipo de conexão com Ele? João 15:5

Sexta-feira
Tenha em mente os seguintes pontos:
1. O ideal é que toda a congregação esteja envolvida no estabelecimento de alvos e na orientação da igreja.
2. Inicialmente planeje para o próximo ano. Uma estratégia de doze meses é suficiente para começar. Depois você pode adicionar mais planos.
3. Ajude o pessoal a saber exatamente o que se espera deles. Quando as pessoas não têm certeza do que, quando e como fazer, o ritmo de uma igreja em direção aos seus alvos pode ser diminuído ou interrompido.

Perguntas para reflexão
1. “Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 149). Como é o desempenho de sua igreja nessa área? Se não é muito bom, o que pode ser feito para melhorar?
2. “Cada dia Satanás tem seus planos a executar – certos desígnios que embaraçarão o caminho daqueles que são testemunhas de Jesus Cristo. Ora, a menos que os vivos agentes humanos de Jesus Cristo sejam submissos, mansos e humildes de coração, por ter aprendido de Jesus, cairão ao ser tentados, tão certamente como vivem, pois Satanás é vigilante, perspicaz e usa artimanhas, e os obreiros, se não forem homens de oração, serão apanhados de surpresa. Ele os surpreende, como um ladrão de noite, e os leva cativos. Então opera na mente dos indivíduos, pervertendo suas ideias pessoais e moldando seus planos. … (Ellen G. White, Evangelismo, p. 101). Como podemos lidar com o perigo apresentado nesse texto? Qual é nossa única defesa?
3. Comente com a classe sobre alguém, ou sobre algum projeto evangelístico que tem sido bem-sucedido. O que vocês podem aprender com eles? Como podem aplicar aquilo que poderia funcionar em seu território, percebendo que cada situação é diferente e que as coisas que funcionam em um lugar podem não funcionar em outro?

Respostas sugestivas:
1. Jesus procurava e preparava “pescadores de homens”; devemos “pescar” pessoas e transformá-las em “pescadores” de pessoas. 2. Compaixão pelas pessoas; apenas milagres resolvem certos problemas; havia relatórios da obra; importância do repouso. 3. Cegos, coxos e leprosos curados; pregação do evangelho aos pobres; Jesus queria que os discípulos levassem a João Batista essas notícias. 4. Jesus instruiu os discípulos, deu-lhes autoridade espiritual e estabeleceu sua missão; depois os enviou. 5. Cura de enfermos; não levar dinheiro; pregar o reino dos céus; saudação da paz; repreensão aos rebeldes; aceitar hospedagem. 6. O diabo trabalha para devorar os que pregam e os que ouvem a mensagem; precisamos confiar em Deus e atuar com sabedoria. 7. Perguntaram a Jesus qual era a causa do fracasso; o segredo era a fé; nos momentos de vitória, eles apresentaram relatórios. 8. Deus deseja salvar a todos e espera pelo arrependimento; devemos confiar na influência de diferentes instrumentos usados por Deus. 9. Manter a oração, estudo da Bíblia e meditação; lembrar que as dificuldades só podem ser vencidas por meio do poder de Deus.

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