segunda-feira, 21 de novembro de 2011

EVANGELISMO RELACIONAL

A. Situação do evangelismo no século XXI:
1. Evangelismo considerado como baixa prioridade em muitas igrejas
O que era o marca – passo da igreja primitiva perdem a prioridade na mente dos membros.
• As atividades da igreja tornaram-se centrípetas.
• Eventos, departamentos e recursos usados primariamente para serviço aos membros.
• Evangelismo, visitação e treinamento para testemunhos despertam pouco interesse por parte da congregação.
2. O conceito bíblico de “perdido” tem desaparecido
• Muitos tendem a perceber o perdido apenas numa dimensão sociológica.
• O fato das pessoas que não pertencem a Cristo estão perdidas – uma vez que um imperativo teológico -tem mudado na mente de muitos crentes.
• Não há mais zelo fervente pelos ex –adventistas, amigos e parentes.
3. O evangelismo tem enfocado o batismo em vez do discipulado
• O sucesso é avaliado de acordo com a alvo de batismos. Em muitas igrejas evangélicas, o sucesso é avaliado pelo número dos que “tomaram a decisão”. Há uma brecha entre ser batizado e tornar-se discípulo.
• Discípulo: alguém comprometido, incorporado ao corpo, que se reproduz como seguidor de Cristo.
4. Evangelismo é muito discutido, mas pouco praticado
• Analogia da pesca(ver apêndice do livro Guia do Evangelista nesse CD)
As 3 eras do Evangelismo Adventista:
1. Era do evangelismo profético(1830 – 1918)
• Período das grandes campais Adventistas. Tremendo crescimento da igreja, de 5.440 membros em 1870 para 75.000 membros na virada do século(4,6% por ano).
• Tiago White, J. N. Loughborough, A. T. Jones, D. M. Canright.
• O foco primário era plantar igrejas. Após cada campal uma nova igreja era erguida na cidade próxima. Mais de 1.500 foram organizadas durante este tempo.
2. Era do evangelismo institucional (1930 – 1970 )
• O desenvolvimento de hospitais Adventistas, publicadoras e escolas deviam ser coordenadas com campanhas públicas de evangelismo em larga escala, nas áreas metropolitanas.
• H. M. S. Richards, J. L. Shuler, E. E. Cleveland, George Vandeman.
• Surgem instituições orientadas para o evangelismo: Voz da Profecia, escolas bíblicas por correspondência, centros evangelísticos em N. Y. e Londres e o “Adventist Media Center”(Está Escrito, Amazing Facts, Faith for Today).
• O evangelismo adventista era visto como uma “máquina de produzir almas”.
3. Era do evangelismo relacional
• Durante a década de 80, o aumento de diferenças étnicas, culturais e sócio- econômicas tornaram difícil estabelecer planos centralizados de evangelismo.
• Congregações longamente estabelecidas cresciam em educação e influência, cobravam mais atenção e tornaram-se menos interessadas no evangelismo.
• Aumento do secularismo e dificuldade em alcançá-los através do evangelismo convencional.
• Hospitais e escolas enfrentavam o mercado competitivo. Precisavam inovar ou entrar em falência. Por isso, tornava-se mais difícil envolver-se em estatísticas evangelísticas.
• A ênfase é colocada em partilhar a fé, em vez de ensinar um sistema de doutrinas.
• A amizade torna-se o instrumento primário para trazer homens e mulheres a Cristo e o alvo é atender às necessidades das pessoas.

Fonte: Sharing our Faith with friends – Monte Sahlin
Evangelismo “Oikos”



A) Conceitos:
1. Oikos – Sistema social composto por aqueles relacionados uns aos outros através de laços comuns e tarefas. Família ou pessoas na espera de influência
2. Mais frutífero método de evangelismo e o mais econômico. Quanto mais distante do povo, mais dispendioso será o evangelismo.
3. 70% dos novos conversos vieram por causa de amigos ou familiares.

B) Oikos em evangelismo relacional nas Escrituras
1. Atos 16:11-15 – Começou a igreja com Lídia e sua família, e depois com o carcereiro e seu Oikos.
2. Marcos 5 – “Vai para tua casa, para o seus amigos(Oikos).”
3. Lucas 19:9 – “Hoje a salvação veio a esta casa (Oikos)”.
4. João 4:52, 53 – O nobre e toda a sua casa creram.
5. Atos 10:2, 24 – Cornélio reuniu seus parentes e amigos íntimos.
6. Atos 18:8 – Crispo creu com toda a sua casa.
7. I Coríntios 1:16 – A casa de Estéfanas foi batizada por Paulo.




C) Princípios do evangelismo relacional:
1. Fazer discípulos é mais efetivo quando ele é uma resposta intencional da igreja local.
• Torna-se parte das prioridades e alvos da igreja local. Há compromisso dos membros;
• As atividades incluem passos específicos para trazer novos discípulos para a igreja;
• Faz parte de um “mix” de programas que focalizam o crescimento da igreja.




2. Fazer discípulos é mais efetivo quando se torna um esforço de equipe.
• 1ª Razão: Cada membro possui diferentes dons para a edificação da igreja(Ef. 4:16).
• 2ª Razão: quanto maior e mais variado contato o não - cristão tem com o corpo, maior a influência de decisão. Uma razão pela qual o evangelismo um- a –um torna-se infrutífero é a carência desse contato.
• 3ª Razão: O novo cristão precisa fazer amizades na igreja, caso contrário ele não permanecerá.

3. Fazer discípulos é mais efetivo quando o programa é centralizado na igreja:
• Quanto mais distante o evangelismo da igreja local, menos frutos permanecem; quanto mais próximo da igreja local, mais frutos permanecem;
• Uma estratégia efetiva guia em torno da igreja local;
• A igreja treina seus membros para fazer discípulos;
• A igreja coordena os recursos do corpo para fazer discípulos.

D) Por que as pessoas se unem à Igreja?
1. Diferentes pessoas se unem à igreja por diferentes razões. Edward A. Raulf, diretor da Research and Information do Concílio Luterano – USA, realizou pesquisa com 180 pessoas para responder a essa questão:
2. Relacionamentos e responsabilidades familiares (30%)
Preocupavam-se em manter a família unida e fortalecer a vida familiar. Bem- estar da família levou-os a buscar a igreja.
3. A influência do povo cristão (22%)
Viam a diferença na qualidade de vida de amigos, parentes, vizinhos e conectaram essa diferença às convicções religiosas dessas pessoas ou membros da igreja.
4. Visita à igreja, programas, eventos (19%)
Ao visitarem a igreja, fora as ocasiões especiais, desperta-lhes a consciência, reflexão ou auto – exame.
5. Busca de comunidade (14%)
Uma atmosfera amigável fê-los sentir-se em casa, quando visitaram a igreja. O relacionamento afetuoso provocou um desejo de retornar.
6. Crise pessoal (17%)
Perderam o controle de sua vida e buscaram os eventos da igreja para ajudá-los a reorganizar prioridades e valores.
7. Influência de pastores (12%)
Interação com o pastor tornou-se o que os levou à filiação da igreja.
8. Busca da verdade (11%)
Uma jornada pessoal em busca da verdade.
9. Sentimento de vazio (11%)
10. Reação aos sentimentos de culpa e temor (10%)

2. Primeiro convite
Amigos ou parentes ............................ 79%
Pastor .................................................. 6%
Programa ............................................ 3%
Iniciativa própria ................................ 3%
Cruzada evangelística ........................ 5%
American Church Growth Institute




3. Como se tornou consciente da Igreja
Viu a igreja na vizinhança .............................. 30%
Convite de amigo ............................................. 26%
Alguém não – membro contou-me .................. 11%
Parente que é membro convidou-me .............. 10%
Vi o convite, anúncios, etc ............................... 7%
Outros .............................................................. 6%

E) Sete passos para alcançar sua família pessoalmente
1. Identifique sua família (Oikos)
a) Familiares biológicos (pais, irmãos, tias, sobrinhos, avós.);
Amigos; Colegas de trabalho;
b) Liste dez deles como o primeiro passo para alcançá-los.
2. Descubra um perfil de cada membro
a) Estratégia de Franklin D. Rooswelt – estudar os hobbies, interesses;
b) Qual a experiência religiosa; conhecimento da Bíblia; são receptivos?
3. Desenvolva um plano de ação
a) Faça coisas amáveis
b) Fortaleça o relacionamento: partilhe experiências – alegria, sucesso, tristeza, etc.
c) Providencie variedade de exposição. Sobre necessidades sentidas: livros, fitas de vídeo, CDs, etc.
4. Melhore seu testemunho
a) Seja bom ouvinte
b) Identifique períodos receptivos.

Escala de receptividade de Holmes – Rahe

Morte da esposa _____________________________ 100
Divórcio ____________________________________73
Prisão _____________________________________ 65
Morte de familiar ______________________________63
Doença _____________________________________ 53
Casamento __________________________________ 50
Desemprego _________________________________ 47
Aposentadoria ________________________________ 45
Gravidez ___________________________________ 40
Morte de amigo _______________________________ 37
Dúvidas ____________________________________ 31
Filho abandona o lar ____________________________ 29
Mudança de casa e de escola ______________________ 20
Férias ______________________________________ 13
Natal ______________ ________________________12
c) Verbalize sua fé
5. Ore regularmente por cada membro
6. Convide-o às reuniões especiais – Pequenos grupos, cultos dos visitantes, etc.
7. Incorpore-o à igreja. ♦

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